Autarquia Daerp acumula problemas no governo Dárcy
Em seu quinto ano de governo, a prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Dárcy Vera (PSD), vê no Daerp (autarquia de água e esgoto) um de seus principais problemas de gestão.
O departamento foi comandado pelo PR, um dos aliados da prefeita, até julho passado, quando Dárcy demitiu o superintendente Marcelo Galli e pôs no lugar um homem de sua confiança: Marco Antônio dos Santos, secretário da Administração e presidente do PSD em Ribeirão.
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Gestão do PR
O Daerp foi administrado pelo PR desde o primeiro ano do governo Dárcy, em 2009. Luiz Joaquim Oliveira Antunes foi o primeiro superintendente
O partido foi um dos 13 aliados da prefeita, que tratou o PR como "grande colaborador na coligação na área social"
Primeira crise
Em menos de 3 meses de governo, Antunes foi demitido do cargo após vir a público que sua empresa devia ao Daerp R$ 54 mil em contas de água
PR segue no comando
Após a saída oficial de Antunes, o PR indicou todos os chefes do Daerp: Tanielson Campos, Joaquim Inácio da Costa Neto e Marcelo Galli. Antunes nega a indicação de Campos e Costa Neto.
Poder paralelo
Mesmo demitido e sem cargo, Antunes continuou mandando no Daerp, conforme mostraram reportagens da Folha de abril de 2010 e setembro de 2012
Contas de água não pagas por Dárcy
Folha também revelou, em 2012, que Dárcy devia R$ 3.300 em contas atrasadas havia mais de 2 meses
Mesmo assim, não teve corte interrompido, como prevê a lei. Ela disse que se esqueceu de pagá-las
Corte depois de 1 mês
Por lei, um cidadão comum tem o corte no fornecimento depois de um mês com conta atrasada
Em um caso, débito de R$ 130 originou corte
Falta de água crônica
Mesmo em épocas de chuvas, Ribeirão registra falta de água em bairros dos quatro cantos da cidade
Parte do problema se deve a bombas quebradas
Venda para devedor
Apesar de ter dívidas de R$ 66 milhões com o Daerp, a prefeitura "vendeu" imóveis à autarquia por R$ 11 milhões
Negócio contrariou jurídico do Daerp, que queria que a dívida fosse abatida
Consertos sem licitação
Jornal "A Cidade" revela que a prefeitura gastou, desde 2008, R$ 5 milhões o conserto de bombas de captação
A ausência de concorrência pública se dá mesmo a prefeitura sabendo que a quebra é recorrente. São quatro avarias por mês, o que custa aos cofres públicos R$ 71,5 mil
Licitação 'inversa'
Três empresas concentram os reparos e a que mais faz consertos cobra o maior valor de todas (R$ 26,9 mil por máquina, em média, o dobro da segunda mais frequente)
Uma licitação pública é realizada para que o poder público obtenha valores menores
Livraria da Folha
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