Jogadores lamentam queda do Independiente, o 'rei de Copas'
Após o Independiente cair para a segunda divisão argentina, ídolos se manifestaram em solidariedade.
O clube de Avellaneda foi rebaixado após perder para o San Lorenzo por 1 a 0, em casa, no sábado. Mas mesmo um triunfo não garantiria a equipe vermelha na elite.
San Martín e Argentino Juniors precisavam perder na rodada, mas venceram Estudiantes e Colón, pela ordem. Na Argentina, os rebaixados são definidos pela média de pontos nos últimos três anos.
Desde o torneio de janeiro de 2012 o time fez campanhas medíocres. No total, somou 128 pontos em 113 jogos.
O atacante Aguëro, 25, revelado pela equipe em 2003 e que hoje defende o Manchester City, foi um dos primeiros. Pelo Twitter, declarou sua paixão e prometeu encerrar a carreira no clube.
Ricardo Bochini, 59, meia na fase áurea nos anos 70, sugeriu uma reformulação inspirada no River Plate, que caiu em 2011 e brigou pelo título desta temporada.
Já Daniel Bertoni, 58, atacante no mesmo período de Bochini, apontou erros das administrações do clube para a queda. "Quando se faz coisas ruins, o resultado é esse", disse ao canal C5N.
Pedro Monzón, 51, zagueiro campeão mundial pelo clube em 1984, estendeu a crítica às trocas de técnicos. Ainda apelou aos torcedores para não abandonarem a equipe na segunda divisão.
Martin Acosta /Reuters | ||
Adrian Fernandez (à frente) e Leonel Miranda (dir.), do Independiente, após a queda para a Série B do Campeonato Argentino |
"Que lotem todos os campos e acreditem na salvação do Independiente", disse em entrevista ao diário "Olé".
A reação dos torcedores vermelhos após a queda não foram parecidas com as vividas pelo River Plate há três anos, quando houve brigas com a polícia, mas também houve violência no estádio.
Alguns torcedores mais revoltados arrancaram cadeiras e as arremessaram em direção ao campo. Não houve registro de feridos ou presos.
Desde dezembro de 2011, quando Javier Cantero assumiu a presidência, o Independiente iniciou uma fase turbulenta com os torcedores organizados. Eles tiveram regalias cortadas pelo cartola.
O trabalho de reorganização também não caminhou como planejado. Desde a taça da Copa Sul-Americana de 2010, o Independiente, que compõe o grupo de cinco grandes do país, não tem conquistas relevantes.
Sete vezes campeão da Libertadores, bimundial e 14 vezes campeão nacional, o Independiente, ao lado do Boca Juniors, era o único clube nunca rebaixado na Argentina durante a era profissional --a partir de 1931.
A despedida da elite será no próximo domingo contra o Colón, fora de casa, pela última rodada do Argentino.
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