Imprensa
chapa branca: um caso escandaloso
Um
dos temas poucos debatidos nessa campanha, infelizmente,
é o da imprensa/mídia chapa-branca. Todo
mundo sabe que existe, critica, mas geralmente não
se aponta quem é. O problema é que esse
tipo de serviço é feito de forma mais
camuflada possível. Assim, os "oficialistas"
conseguem se manter o máximo de tempo possível
em exposição.
Geralmente
se manifestam travestidos de críticos, esbaforando
contra as supostas coisas erradas, atacando supostamente
todos. Quem escuta acha que é o paladino da independência
política. Depreciam sempre a política
e os políticos, apostando na despolitização.
Sua principal tarefa é colocar todos no mesmo
saco e ainda livrar a pele do patrão.
Nesta
campanha algumas dessas figuras passaram dos limites.
Arnaldo Jabor é um homem com transito nos principais
meios de comunicação do país, emitindo
suas opiniões e comentários na Globo,
CBN, vários jornais e rádios de todo o
país. Ele tem feito um papel clássico
daquilo que é conhecido como imprensa chapa branca.
Recentemente
esteve em Curitiba* , palestrando a centenas de estudantes
de nível superior e afirmou categoricamente que
José Serra é o seu candidato e que Lula
"é um perigo real" para o país.
Nada contra tomar posição, mas ele deve
assumir isso publicamente.
Deve
dizer sempre, antes de começar o seu programa
ou o seu artigo, que o seu candidato é José
Serra e que tudo o que ele escreve é cuidadosamente
escrito para defendê-lo ou enfraquecer os seus
adversários. Nesta eleição do amadurecimento
político da população não
cabe mais personagens desse tipo. A imprensa deveria
defender claramente princípios democráticos
de comportamento por parte dos seus profissionais.
Uma
pessoa como essa causa tantos danos quanto um médico
que não segue os princípios de sua profissão
ou um político que compra votos com cesta básica.
De
um leitor irritado.
Arnoldo
*Palestra
dada no IV Seminário da Faculdade Opet (09/06/2002).
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