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28/10/2003
Marta cobra a aprovação de projeto da água

Projeto de lei que tramita na Câmara passa concessão dos serviços de água e saneamento da Sabesp para a Prefeitura. Estado é contra a proposta
A prefeita Marta Suplicy (PT) cobrou a base aliada na Câmara Municipal para aprovar hoje o projeto de lei que regulamenta o serviço de água e saneamento em São Paulo. Marta se reuniu com os vereadores na última sexta-feira à tarde no Palácio das Indústrias, quando pediu mais empenho para aprovar projetos do Governo.

A proposta que transfere a concessão do serviço da Sabesp para a Prefeitura entrou na pauta de votação. A idéia é criar um órgão municipal para regular e fiscalizar os serviços da Sabesp na Capital, além de a Prefeitura passar a definir as tarifas dos serviços de água e esgoto. Um artigo do projeto prevê tarifas diferenciadas em função do interesse social, com possível subsídio para usuários de baixa renda.

A intenção do líder do governo na Câmara, João Antônio (PT), é aprovar o projeto em segunda votação, recorrendo inclusive à convocação de sessões extraordinárias durante a madrugada. “Queremos vencer dentro da normalidade, mas se necessário vamos convocar sessões extras para aprovar a pauta de 25 projetos do Governo”, disse.

A proposta de regulamentação do serviço de água e esgoto virou ponto de discórdia entre a prefeita e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O projeto de lei prevê que a Sabesp assine contrato de concessão e pague à Prefeitura para operar o serviço, mediante licitação.

A bancada do PSDB na Câmara Municipal promete obstruir a votação do projeto. “Vamos defender a mesma posição do governador. A Prefeitura não tem condições de pagar para a Sabesp pela captação da água, já que o município só produz 20% do que consome”, afirmou o vereador Gilberto Natalini (PSDB).

O tucano acredita que a prefeita não terá problemas em aprovar o projeto, pois tem “uma ampla maioria de votos”. “Vamos obstruir, e já avisamos que a Sabesp vai entrar na Justiça, caso o projeto seja aprovado”, disse Natalini.

Para aprovar o projeto em segunda discussão, a administração decidiu alterar dois pontos polêmicos. A proposta substitutiva vai explicitar a intenção da Prefeitura de não privatizar o serviço. Além disso, a possibilidade de vincular o preço das tarifas de água e esgosto à modificação do regime cambial será retirado do texto. “Teremos votação tranqüila. O projeto passa com maioria simples (28 votos dos 55 vereadores)”, disse João Antônio.


ALEXSSANDER SOARES
Do Diário de S. Paulo

 
 
 

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