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Zona leste tem assassinatos em série, ônibus queimados e toque de recolher

Desde o início da onda de violência, há cinco dias, região teve 22 dos 37 homicídios da cidade

Escalada de mortes começou logo após criminosos terem matado dois policiais militares na região

DE SÃO PAULO

DO “AGORA”

Assassinatos em série, ônibus queimados e boatos de toque de recolher ordenado por criminosos marcam a zona leste paulistana desde a última quinta-feira, quando teve início a recente onda de violência, que deixou 37 mortos só na capital do Estado.

Deste total, 22 assassinatos (59%) foram na região. Apenas entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem, dos 14 mortos em São Paulo, oito foram na região leste.

A média de assassinatos este ano na cidade de São Paulo era de 3,6 vítimas por dia até o final de setembro.

A escalada da violência na zona leste começou logo após os assassinatos de dois policiais militares: Gilmar Gabriel dos Santos, 42, em Sapopemba (na quarta-feira passada), e Fábio João Tosta Tomás, 33, na Vila Curuçá (na quinta).

Um dia após a morte de Tomás, três homens foram baleados e dois morreram na mesma Vila Curuçá, iniciando a série de assassinatos.

ÔNIBUS

Na região da Vila Formosa/Sapopemba, cinco ônibus foram incendiados desde anteontem, segundo a SPTrans (órgão que gerencia o transporte na capital).

De acordo com testemunhas, homens pararam os veículos e mandaram todos descerem. "Era isso ou eles ateariam fogo com as pessoas dentro", diz um morador.

Segundo moradores, a circulação das linhas foi suspensa no domingo e também na manhã de ontem, sob ameaça de novos incêndios.

A SPTrans afirma que ontem a operação de duas linhas de ônibus foi interrompida por, no mínimo, três horas, sem dizer a razão.

Ontem, no final da tarde, lojas da avenida Sapopemba fecharam mais cedo e as ruas ficaram vazias, depois que moradores disseram ter recebido no domingo um aviso de que criminosos haviam determinado toque de recolher.

"Mandaram ficar em casa no domingo a partir das 21h para não corrermos risco", disse um morador. O toque de recolher seria uma represália à morte de um traficante.

Comandante da PM na capital, o coronel Marcos Roberto Chaves diz não ser possível estabelecer relação entre mortes de PM e assassinatos. "Estamos investigando se há alguma ligação. Nem sempre as coisas são como parecem."

De acordo com ele, a série de homicídios na zona leste pode ser uma migração. "Em setembro, tivemos muitos homicídios na zona sul. Eles podem ter mudado de região. O motivo ainda não sabemos".

GRANDE SÃO PAULO

Além das mortes na capital, desde quinta-feira houve 17 em outras cidades da Grande São Paulo. Seis dessas mortes foram em Carapicuíba -quatro em chacina na sexta, a 12ª do ano na região.


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