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Sem-teto invadem 11 imóveis em São Paulo

Movimento diz que ato é uma 'tradição' pós-eleições, para chamar a atenção do novo prefeito para a habitação

Programa de governo de Haddad prevê 55 mil moradias; cidade tem deficit de 226 mil casas, segundo prefeitura

ANDRÉ MONTEIRO

MARTHA ALVES

DE SÃO PAULO

Grupos do movimento sem teto invadiram simultaneamente 11 imóveis em São Paulo na madrugada de ontem -nove prédios na região central, uma escola desocupada na zona norte e um terreno na zona sul.

As invasões ocorreram pouco depois da 0h e foram articuladas pela FLM (Frente de Luta por Moradia). Segundo a entidade, as invasões após eleições se tornaram uma tradição do movimento para chamar a atenção do novo prefeito para a habitação.

Osmar Borges, coordenador-geral da FLM, diz que pretende conversar com Fernando Haddad (PT), que assumirá a cidade a partir de janeiro. "Quando muda o governo, quebram tudo que foi negociado antes", diz.

No programa de governo de Haddad consta a construção de 55 mil moradias -o deficit habitacional da cidade, segundo a Secretaria Municipal de Habitação, é de 226 mil casas populares. A assessoria do prefeito eleito informou que ele não foi procurado pelos sem-teto.

Entre os prédios invadidos ontem está o do antigo hotel Lord Palace, em Santa Cecília (leia texto ao lado).

Na região da Sé, os sem-teto entraram em um prédio de 15 andares na rua José Bonifácio e em um casarão de três andares na rua Quintino Bocaiúva. Outros três grupos invadiram dois prédios comerciais na avenida São João e outro na avenida Ipiranga.

Ainda foram alvo de invasão prédios na alameda Cleveland, na rua Helvétia e na avenida Prestes Maia.

"Representantes nos procuraram e perguntaram se queríamos uma reunião com o secretário de Habitação [Ricardo Pereira Leite], mas acho difícil que resolvam agora algo que não fizeram em oito anos. Então vamos ficar e esperar uma reunião com o novo prefeito para saber quem vai ser o responsável", afirmou Borges.

ESCOLA

Na zona norte, os sem-teto invadiram o prédio onde funcionou a escola municipal Clóvis Graciano, na Vila Nova Cachoeirinha. O colégio foi fechado em 2009, após recomendação da Cetesb, pois foi construído em cima de um lixão e tinha presença de gás.

Na zona sul, famílias ocuparam um terreno de cerca de 20 mil m² na estrada de Itapecerica. Elas chegaram a montar barracas, mas deixaram o local à tarde, após reintegração de posse determinada pela Justiça a pedido do proprietário.

Em nota, a prefeitura afirmou que desenvolve o maior programa de reforma de prédios habitacionais do país.


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