Oi e Brasil Telecom planejam investir R$ 30 bilhões em cinco anos
O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse nesta quinta-feira que a nova empresa resultante da fusão com a Brasil Telecom planeja investir R$ 30 bilhões nos próximos cinco anos, com o objetivo de aumentar a atuação no exterior e elevar o número de clientes para 100 milhões.
"Temos uma necessidade premente de chegar a 100 milhões de clientes para que essa empresa ganhe uma escala mínima. Ela nasce para equilibrar o jogo no Brasil, e nós temos que ir para outros locais", disse.
Atualmente, as duas empresas somadas têm 45 milhões de clientes no Brasil. De acordo com Falco, a idéia é não só conquistar novos cliente dentro do país, mas também no exterior, em mercado como América do Sul, entre outros países de língua portuguesa.
"Temos vontade de disputar os nossos vizinhos. Se Espanha e o México disputam, nós também queremos', disse Falco se referindo a grupos de telecomunicação como a espanhola Telefónica e a mexicana Telmex, controladora da Claro no Brasil.
Durante apresentação da Comissão de CIência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Falco se referiu, o tempo todo, a concorrentes como Vivo, TIM e Claro como "os estrangeiros", em alusão à nova empresa ter 100% de capital nacional.
Aquisições
Segundo Falco, a nova empresa buscará oportunidades para comprar ativos no exterior. A prioridade da empresa será comprar outras companhias lá fora ou mesmo fazer uma troca de ações com empresas, mantendo-se sempre como majoritária.
Ele ressaltou que isso não impede que a Oi entre em outros mercados sem se aliar a outras companhias já atuantes no país. "O que a gente quer é comprar um monte de coisa barata. O problema é que tem mais gente querendo fazer isso. A gente precisa consolidar essa empresa nacional e começar a dar passos lá fora", afirmou após audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
O executivo disse ainda que existem ativos atraentes na Argentina e na Venezuela, mas que não há nada em vista por enquanto. "Não é aquele espetáculo que foi antes, o pessoal chegou na frente", disse ao se referir à Venezuela.
Concentração
Falco negou que a fusão da Oi e Brasil Telecom aumentará a concentração de mercado. Ele ressaltou que na telefonia fixa, a Oi não atua na área da Brasil Telecom, e vice-versa. O presidente da Oi disse ainda que, na telefonia móvel, a participação das duas empresas ainda é pequena na comparação com as concorrentes.
O executivo afirmou ainda que durante o período da aprovação da fusão no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as duas empresas terão administrações separadas e não trocarão informações entre si.
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