Agência diz que 60 estrangeiros estão em campo de gás na Argélia
A agência de notícias APS, da Argélia, disse nesta sexta-feira que 60 reféns estrangeiros e outros 77 argelinos ainda estão no campo de gás de In Amenas, no sul do país. A área foi sitiada na manhã de quarta (16) por radicais islâmicos que se dizem vinculados com a rede terrorista Al Qaeda.
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Segundo a APS, não é possível saber se essas 133 pessoas estão vivas ou são retidas pelos rebeldes, assim como não há informações sobre suas nacionalidades. A agência confirmou que 573 argelinos e 72 estrangeiros conseguiram fugir após o bombardeio à instalação, na quinta (17).
As autoridades argelinas afirmam que a operação para libertar o resto dos reféns continua, mas os agentes agora usam as negociações com os militantes restantes para conseguir a soltura. A APS informa que 18 dos 30 terroristas que estavam na usina foram mortos.
Os números apresentados pela agência da Argélia são maiores que os mencionados pelos sequestradores. Os terroristas dizem que sequestraram 41 estrangeiros e 150 argelinos e que 35 funcionários internacionais teriam morrido no ataque de quinta (17).
TROCA
Nesta sexta, a agência de notícias ANI, da Mauritânia, informou que os rebeldes exigiram uma troca de dois reféns americanos pela liberação do egípcio Sheikh Omar Abdel-Rahman e do paquistanês Aafia Siddiqui, presos nos Estados Unidos e condenados por terrorismo.
O egípcio foi condenado por ser um dos líderes da explosão no World Trade Center, em Nova York, no atentado de 1993, que deixou seis mortos.
Em vídeo, Mokhtar Belmokhtar, líder do grupo Batalhão de Sangue, diz que oferece trocas similares à França e à Argélia para negociar o fim para a guerra no norte do Mali. A agência da Mauritânia é a única que recebe informações dos rebeldes. A autenticidade do vídeo não pôde ser verificada.
Os rebeldes dizem que a ação é uma represália contra a intervenção francesa no Mali, cujo norte está dominado há seis meses por radicais islâmicos. No entanto, o Ministério de Relações Exteriores da França disse duvidar que a ação tenha sido planejada após o envio de tropas, há uma semana.
Em comunicado, a Chancelaria disse que seria necessária uma longa preparação para fazer um ataque com esse. No entanto, disse que ainda é muito cedo para tirar conclusões com as informações que dispõe. Paris ainda considera a situação confusa.
O sequestro gerou a preocupação de países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Japão, que estão entre os Estados com maior número de reféns no local, além dos argelinos. Washington e Londres ainda criticaram o governo local pela falta de informações precisas.
Danilo Bandeira/Editoria de arte/Folhapress | ||
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