Japão promete acelerar reconstrução em áreas afetadas por terremoto
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu nesta segunda-feira acelerar as obras de reconstrução das áreas mais afetadas pelo terremoto de magnitude 9 seguido por um tsunami que atingiu o país em 2011. O abalo sísmico, que deixou mais de 19 mil mortos, aconteceu há dois anos.
O premiê disse numa entrevista coletiva que vai acelerar a reconstrução de áreas devastadas. "A reconstrução é uma batalha contra o tempo. O governo Abe vai promover uma reconstrução que as pessoas possam realmente sentir, implementando [medidas] uma a uma."
Em cerimônia de memória às vítimas da tragédia, em Tóquio, ele afirmou que o país emergirá da tragédia, que foi o maior desastre que o país sofreu desde a 2ª Guerra Mundial. "Nossos ancestrais superaram muitas dificuldades, e a cada vez emergiram mais fortes".
A declaração é feita após o governo do país ser criticado pela lentidão nos trabalhos de recuperação de áreas destruídas pelo fenômeno natural. Cerca de 300 mil pessoas que ficaram desabrigadas após o tremor ainda vivem em casas improvisadas.
A tragédia aconteceu às 14h46 de 11 de março de 2011, quando o abalo de magnitude 9 atingiu o nordeste do Japão. O tremor provocou ondas de até 30 metros de altura, que destruíram cidades costeiras e deixaram mais de 19 mil pessoas mortas.
ACIDENTE NUCLEAR
Além dos danos às cidades, a usina nuclear de Fukushima ficou parcialmente destruída e ocorreu um vazamento de material radioativo. Este foi o pior acidente nuclear do mundo desde a explosão da usina ucraniana de Tchernobyl, em 1986.
A tripla calamidade chocou uma nação que se considerava preparada para desastres e que considerava a energia nuclear, responsável na época por 30% da oferta energética do país, era limpa, segura e barata. Devido à preocupação, todas as plantas atômicas chegaram a serem fechadas.
No fim de 2012, uma comissão de especialistas nomeados pelo Parlamento para investigar a crise nuclear descreveu-a como um desastre de causa humana, resultante do "conluio" entre governo, agências reguladoras e a empresa dona da usina.
Em fevereiro, a Organização Mundial de Saúde publicou um estudo mostrando que as pessoas nas áreas mais atingidas têm risco agravado para certos tipos de câncer, mas que para a população japonesa como um todo os riscos para a saúde são baixos.
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