Assessor especial da CGU vai comandar sindicância contra diplomata
Um assessor especial do principal órgão de controle do governo federal vai presidir a comissão de sindicância aberta para investigar a conduta do diplomata brasileiro Eduardo Saboia e a participação de outros servidores do Itamaraty na operação que abriu uma crise no Itamaraty e derrubou o chanceler Antonio Patriota.
Auditor de carreira da Receita Federal e assessor-especial da Controladoria-Geral da União, o nome de Dionísio Carvalhedo Barbosa foi publicado na edição desta terça-feira (26) do "Diário Oficial da União". A sindicância foi instaurada para apurar a retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina e entrada dele no Brasil no final de semana.
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Além do assessor da CGU, os embaixadores Clemente de Lima Baena Soares, chefe do departamento de América do Sul, e Gilvânia Maria de Oliveira fazem parte da comissão. Eles têm prazo de 30 dias para se posicionar sobre a necessidade ou não de abertura de um procedimento administrativo disciplinar --que deve definir a punição caso comprove conduta irregular de servidores.
A primeira reunião da comissão está prevista para esta terça.
O diplomata brasileiro Eduardo Saboia já assumiu ter coordenado a operação que trouxe o senador a Brasília. Além do diplomata, a sindicância também deve apurar a participação de outros funcionários do Itamaraty na operação.
A situação de Saboia ainda é incerta. Depois de 15 meses como embaixador interino na Bolívia, ele não voltará a ocupar o cargo encarregado de negócios daquela representação. Enquanto responde a sindicância, ele deve ser realocado em outra função. E, caso seja aberto um procedimento administrativo disciplinar contra ele, Saboia deve ser afastado do cargo.
Também está no Diário Oficial desta terça a exoneração de Antonio Patriota do cargo de Ministro das Relações Exteriores. Interinamente, assume no lugar dele Eduardo dos Santos, secretário-geral do Itamaraty.
A posse do novo ministro é esperada para esta quarta (28). O novo chanceler, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chegou em Brasília no início da tarde desta terça, contudo o Itamaraty fez de tudo para ele não ser fotografado ou filmado. Apesar de ter chegado a Brasília num voo comercial, não saiu no desembarque tradicional.
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