Integrante da banda Pussy Riot é libertada de prisão na Rússia
Uma das integrantes do grupo musical Pussy Riot, Maria Alyokhina, foi libertada nesta segunda-feira depois de ser anistiada, declarou seu advogado à agência de notícias RIA Novosti.
"Maria Alyokhina recuperou a liberdade", declarou seu advogado, Pyotr Zaikin, acrescentando que "todos os documentos foram preenchidos e assinados".
Parlamento da Rússia aprova projeto que pode anistiar Pussy Riot
Segunda integrante da banda Pussy Riot é libertada com anistia
Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, condenadas a dois anos de prisão em 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, foram anistiadas na semana passada.
Espera-se que a libertação de Alyokhina de sua prisão na cidade de Nizhny Novgorod seja seguida pela de Tolokonnikova, atualmente detida na Sibéria.
Sergei Karpukhin/Reuters | ||
Maria Alyokhina, integrante do grupo musical Pussy Riot, é libertada de prisão, beneficiada por anistia do governo russo |
As jovens do grupo haviam cantado uma "oração punk" contra Putin na catedral de Moscou em fevereiro deste ano.
Na última quarta-feira, 446 de um total de 450 deputados da Duma (câmara baixa russa) aprovaram a lei de anistia da qual as duas jovens se beneficiaram.
Há algumas semanas, a Suprema Corte ordenou que as condenações das duas integrantes do grupo fossem reexaminadas, ao considerar que os motivos do crime não haviam sido provados.
A Suprema Corte enviou o caso ao tribunal municipal de Moscou.
Segundo a Corte, o tribunal de primeira instância não forneceu provas de que as duas jovens haviam agido por "ódio contra um grupo social".
ANISTIA
A anistia, aprovada pelo Parlamento russo neste mês, beneficiou também Mikhail Khodorkovsky, ex-magnata do petróleo russo que é visto por críticos do Kremlin e por políticos ocidentais como um prisioneiro político.
A lei deve também suspender as acusações de vandalismo dos 30 ativistas do Greenpeace presos depois de um protesto contra a exploração de petróleo do Ártico.
Putin disse que a anistia não foi elaborada especificamente para os ativistas do Greenpeace ou para a banda Pussy Riot.
Ativistas de direitos humanos dizem, porém, que a anistia é muito limitada. A estimativa é de que menos de 1.500 presidiários sejam libertados, uma pequena fração dos cerca de 700 mil russos atrás das grades.
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