Segunda integrante da banda Pussy Riot é libertada com anistia na Rússia
A segunda integrante do grupo russo Pussy Riot que ainda estava presa, Nadezhda Tolokonnikova, foi libertada nesta segunda-feira, informou seu marido pelo Twitter.
Integrante da banda Pussy Riot é libertada na Rússia
"Nadya está livre", escreveu, enquanto sua esposa caminhava para fora da prisão na cidade siberiana de Krasnoyarsk depois de ser anistiada pelo Kremlin, assim como sua companheira Maria Alyokhina, que havia sido libertada pouco antes, também nesta segunda-feira.
Tolokonnikova e Maria Alyokhina, outra integrante da banda, foram presas e acusadas de vandalismo após cantarem uma "oração punk" contra Putin na catedral de Moscou em fevereiro deste ano. Elas cumpriam pena de dois anos de prisão.
Tolokonnikova gritou "Rússia sem Putin" depois de ser libertada. A companheira Alyokhina afirmou em entrevista que a anistia de Putin é "um truque de relações públicas".
ANISTIA
A anistia, aprovada pelo Parlamento russo neste mês, beneficiou também Mikhail Khodorkovsky, ex-magnata do petróleo russo que é visto por críticos do Kremlin e por políticos ocidentais como um prisioneiro político.
A lei deve também suspender as acusações de vandalismo dos 30 ativistas do Greenpeace presos depois de um protesto contra a exploração de petróleo do Ártico.
Putin disse que a anistia não foi elaborada especificamente para os ativistas do Greenpeace ou para a banda Pussy Riot.
Ativistas de direitos humanos dizem, porém, que a anistia é muito limitada. A estimativa é de que menos de 1.500 presidiários sejam libertados, uma pequena fração dos cerca de 700 mil russos atrás das grades.
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