São falsas 50% das assinaturas por referendo, dizem aliados de Maduro
O governo venezuelano disse neste domingo (29) que mais de 40% das assinaturas entregues pela oposição para realizar um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro são "fraudulentas".
"Calculamos que mais de 40% das assinaturas geram eventos alheios ao regulamento eleitoral e, portanto, são fraudulentas", assegurou Jorge Rodríguez, chefe de uma comissão designada por Maduro para monitorar o processo impulsionado pela oposição.
No dia 2 de maio, a coligação opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) entregou 1,8 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), nove vezes mais do que as necessárias para solicitar a ativação do referendo.
O deputado opositor Julio Borges anunciou que nesta terça (31) os delegados da MUD se reunirão com a direção do CNE para dialogar sobre o processo para que aproximadamente 200 mil pessoas validem suas assinaturas com a impressão digital.
O CNE informou que a revisão das assinaturas terminará na quinta (2). Se elas forem certificadas, as máquinas biométricas serão utilizadas para a validação.
Se o CNE não anunciar na quarta (1º) as datas e os locais para esse procedimento, todas as sedes do organismo eleitoral serão "mobilizadas", advertiu o líder opositor Henrique Capriles pelo Twitter.
Caso o processo de referendo seja instalado, a oposição terá de coletar assinaturas equivalentes a 20% dos registros eleitorais (3.959.560), que deverão ser recolhidas em um período de três dias, junto com as respectivas impressões digitais.
Cumprido o requisito, o CNE fixará uma data para o referendo, em que a oposição precisará superar os 7,5 milhões de votos obtidos por Maduro em 2013, quando foi eleito para um mandato de seis anos, até 2019.
Handout/Reuters | ||
Presidente Nicolás Maduro em reunião com ministros em Caracas, neste mês |
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