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09/11/2007 - 02h30

Cunha Lima, Venezuela, padre Júlio, exposição no Congresso, Nelson Jobim, CPMF

da Folha Online

Cunha Lima

"O deputado Ronaldo Cunha Lima renunciou ao cargo de deputado federal cinco dias antes do seu julgamento no STF, utilizando a imunidade parlamentar para burlar sua possível condenação por um crime cometido em 1993. Remeteu, com a renúncia, seu processo à Justiça Comum, conforme prevê a legislação.
O ex-deputado em questão alega que sua renúncia se dá em prol de um ato maior de sua parte, ou seja, se tornar 'um igual', excluindo assim o direito a foro privilegiado. Aí é que se justifica o termo adotado acima 'burlar', pois tal atitude ofende o Poder Judiciário, bem como o Estado democrático de Direito e seus cidadãos ao permitir que pessoas como essas se furtem da condenação com manobras desse cunho. O ex-deputado ainda conta com a iminência da prescrição. Afinal o mesmo já possui mais de 70 anos, sem contar que o processo já perdura por mais de 13 anos junto ao STF, devido a tantos pedidos de licenças negadas pela Casa do parlamentar para instauração do mesmo --o que era possível antes da emenda constitucional nº 35/01. Há, ainda, outro fator que de certa forma não poderia interferir na conduta do Judiciário, mas de nada nos surpreende que isso aconteça, que é o fato do processo ser entregue a Justiça Comum da Paraíba, onde o crime se sucedeu, sendo que o governador do Estado é seu filho: Cássio Cunha Lima. Crer que não haverá qualquer correlação entre os fatos é utópico e pouco provável.
Se olharmos os manuais de Direito Constitucional, verificaremos que a imunidade parlamentar possui a função de garantir o bom desempenho, independência e liberdade dos parlamentares nas funções que exercem, consolidando, inclusive, a independência dos Poderes, preconizada por Montesquieu em sua obra 'Espírito das Leis' (1748).
Reconhecer a renúncia do ex-deputado e permitir que o processo vá à Justiça Comum será um ato omissivo do Poder Judiciário (STF). Além do que, comprometerá a lisura de suas decisões e sua ilibada reputação como guardião da Constituição."

MARCELO BATISTELA MOREIRA (São Paulo, SP)

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Venezuela

"A arma empunhada pelo encapuzado e covarde assecla de Hugo Chávez, no aterrador flagrante captado pela magistral fotografia de Gregorio Marrero (desde já uma forte concorrente ao prêmio World Press 2007), está apontada não somente para os estudantes universitários que protestavam contra o nefasto ditador e suas medidas de exceção mas também para a democracia e a liberdade de expressão -- não só na Venezuela mas em toda a América Latina. É preocupante que Lula e seu partido, o PT, nutram pública simpatia por esse indivíduo despótico que quer se eternizar no poder. Os rumores de um terceiro mandato para Lula, inclusive, evidenciam que essa simpatia já está, sorrateiramente, gestando descaminhos perigosos para o Brasil. Mais do que nunca merece ser relembrado o sábio adágio: 'Diga-me com quem andas e te direi quem és'."

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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Padre Julio

"Com referência à apuração dos fatos que envolvem o padre Júlio Lancelotti, será que os responsáveis pelo inquérito ainda não perceberam que há muita fumaça para garantir que não há fogo?"

BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

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Foto no Congresso

"Realmente, não dá para entender o comportamento da Câmara ao censurar a nudez da travesti Rogéria ('Câmara censura nudez com cabine e aviso', Brasil, 8/11). Evocam o Estatuto da Criança e do Adolescente para restringir acesso a fotografia da travesti, mas se esquecem de que o mesmo Estatuto deveria ser lembrado num meio em que prevalece a hipocrisia, a falta de respeito, a mentira, o 'leva vantagem', a corrupção. A cabine deveria ser colocada para abrigar boa parte dos congressistas, acompanhada do aviso 'Cuidado! Não se aproxime! Deputados e senadores no interior!'. Certamente, as crianças e adolescentes têm muito mais a perder com o comportamento dos congressistas do que com uma foto de um travesti."

BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

*

"Só mesmo nessa bandalheira que é a Câmara dos Deputados, desta nossa república de bananas, é possível existir uma pessoa como essa senhora Silvia Mergulhão, na função de diretora de Relações Públicas. Como é que pode enxergar alguma violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente numa foto da Rogéria de roupa? Ela não deve saber ler. Collor não é vexatório? Dá até para imaginar de que partido é o figurão que deve ter indicado esta senhora para o cargo. Começar o dia com uma estultice dessas é de amargar."

KLEBER PATRICIO (Indaiatuba, SP)

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Jobim e a família real

"Incrivel o ministro Jobim ainda ter tempo livre para dedicar-se a ler uma pilha de livros e documentos sobre a chegada da família real ao Brasil.
Além de uma defasagem de dois séculos, o ministro deveria estar atento para os problemas de viagens aéreas das famílias brasileiras, e não de viagens marítimas da família real.
Meu receio maior é que depois de tanta leitura, o ministro --tão adepto de alterar a fatiota--, perca definitivamente o senso do ridículo e acabe se fantasiando de dom João 6º, como magistralmente foi ilustrado no 'Painel'."

PEDRO ERNESTO ERICHSEN PEREIRA BOMPEIXE (Curitiba, PR)

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CPMF

"Esses políticos cínicos vão acabar, sim, aprovando a CPMF. Só estão fazendo charme a fim de poderem conseguir mamar, o mais que possível, nas tetas do governo petista. É uma pena que o leite que lhes será servido só contenha soda e água oxigenada."

ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)

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"O povo brasileiro precisa deste raio de esperança que trará luz à escuridão, em que a corrupção de governos oportunistas e despreparados mergulharam a nação. Chega de se locupletarem, deixem-nos crescer."

ELZA MARIA NACLÉRIO HOMEM BAIDER (Vinhedo, SP)

*

" Há tempos eu não lia um texto tão cínico como o de Jorge Bornhausen ('Tendências/Debates', 7/11). Quando foi para aprovar a CPMF esse senador do PFL, partido então lacaio do PSDB, que rondava a mesa do banquete esperando as migalhas que caíam, jamais se preocupou com todas as aberrações que esse imposto carregava em si e que motivaram um comentário de Jô Soares: 'Meu medo é o de que seja só mais um imposto'. E virou 'só mais um imposto' ainda no governo FHC, época em que seu partido se deitava no chão para que os tucanos pisassem. Ou alguém duvida de que, estivesse a oposição no governo, esse mesmo partido, que ora se intitula DEM (de democratas), e esse senador não estariam empenhados em conseguir a qualquer custo essa prorrogação?
Agora, para justificar a 'virada de casaca', vem com um arrazoado de fantasias, esquecendo-se de que a situação da época pretendia ficar 20 anos no poder.
Senador, olhe para o que o senhor dizia quando era governo, porque pode estar criticando seus próprios princípios de então... ou expondo a falta deles."

LUIZ ANTONIO ALVES VITA (São Paulo, SP)

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Atrizes

"Em 19 de agosto, domingo, página E6 do caderno Ilustrada, o jornal Folha de S.Paulo publicou a matéria intitulada 'A importância de ser fiel', a respeito das atrizes que trilham suas carreiras junto a diretores e companhias teatrais.
Entre as entrevistadas, a atriz Ana Guilhermina, do Teatro Oficina, atribuiu à minha pessoa a responsabilidade pela mesma não ter sido escalada para participar da série da HBO intitulada 'Alice', de Karim Ainouz e Sérgio Machado.
Sobre o alegado, gostaria de esclarecer que fui contratada pela produtora da referida série tão-somente para atuar como preparadora de elenco, cuja função é criar situações similares ao universo do projeto, para que o diretor tenha possibilidades reais para exercer sua escolha. O preparador de elenco atua junto aos atores, preparando-os para viver determinado personagem. Somente a partir desta vivência (oficina) o diretor tem uma clareza para definir seu elenco. Portanto, a escolha final cabe exclusivamente ao diretor da obra, não tendo a preparadora de elenco nenhum poder de decisão para vetar ou aprovar determinado ator ou atriz.
Assim sendo, em nenhum momento caberia a mim aprovar ou desaprovar a atriz Ana Guilhermina para participar do elenco da referida obra. Não obstante, conforme informação obtida junto à própria produtora, a atriz efetivamente participou do terceiro episódio da série em que se declarou 'excluída', além de ter sido escalada para participar de mais dois episódios da mesma série. Não houve, portanto, nenhum impedimento ou veto ao trabalho da atriz na obra mencionada por quem quer que seja, muito menos por minha parte. Também inadmissível e inverídica a frase a mim atribuída, de que a razão do suposto veto seria decorrente do fato de a atriz pertencer ao Grupo de Teatro Oficina ou de seu trabalho com o diretor José Celso."

FÁTIMA TOLEDO (São Paulo, SP)

 
 

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