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28/10/2009 - 02h30

Lula, Sarney, bicicleta elétrica, integração, Osesp

da Folha Online

Lula

"Tenho observado, há mais de uma semana, um verdadeiro bombardeio de pessoas da igreja e leitores da Folha, no 'Painel do Leitor, irados com a frase do presidente Lula ( Brasil, 22/10) sobre ser necessário fazer alianças para manter a governabilidade, a ponto de ter dito que nos dias de hoje até Jesus Cristo seria forçado a fazer aliança com Judas.
Registro, de antemão, que não sou petista, mas apenas um admirador da pessoa do presidente Lula. A minha surpresa é que não tenha ocorrido em todos os 'revoltosos', que levaram suas indignações ao paroxismo por conta tão somente de uma frase de efeito --ou ainda uma figura de linguagem--, onde se quis dizer apenas sobre as dificuldades de se governar sem fazer alianças, muitas das quais, suponho, a contragosto.
Como cidadão brasileiro, ficaria mais feliz se a indignação tivesse sido carreada para as alianças que o governo tem lançado mão, uma vez que muitas delas deixaria perplexo o próprio Judas.
Sem pretensão de ser conhecedor da nossa língua --até porque não sou--, confesso que fico decepcionado em ver tamanho alarido por conta de quem não sabe discernir o que é uma 'figura de linguagem' ou não aprendeu o que é 'ler nas entrelinhas'.
Fosse no governo FHC, todos seriam taxados de 'neobobos'."

LUIZ HERCULANO DA SILVA (Marilia, SP)

*

"Será que a mídia engajada e os partidos de oposição não compreenderam que a exploração de factoides não tem sido suficiente para abalar a popularidade do presidente Lula e do seu governo?
Agora, é a tentativa de manipular a opinião pública em torno da afirmação do presidente sobre a dificuldade de governar sem fazer aliança com gregos e troianos, mesmo que não haja entre eles identidade ideológica ou programática.
Enquanto não for realizada profunda e séria reforma político-partidária, o procedimento será, infelizmente, sempre esse. Até lá, os barulhentos e aguerridos 8% que desaprovam o governo continuarão fazendo muita espuma. É próprio da democracia. Graças a Deus!"

LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Fortaleza, CE)

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Sarney

"Gostaria que alguém me informasse se o sr. Francisco Mendonça Filho ('Painel do Leitor', 27/10), que responde e contesta todas as reportagens da Folha sobre o senador José Sarney, é funcionário do Senado --já que se apresenta como secretário de imprensa da presidência do Senado-- ou é funcionário do senador.
Me parece que sendo funcionário do Senado, lotado no gabinete da presidência, ele só poderia reportar assuntos ligados à presidência, e não a assuntos particulares ligados ao senador-presidente.
Caso o referido secretário de imprensa seja funcionário do Senado, há um desvio de função e consequente quebra do decoro por parte do sr. José Sarney. Ou será que estou errado em não querer que o meu dinheiro pague um funcionário público trabalhando particularmente para um político?"

MARIO NUNES FILHO (São Paulo, SP)

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Bicicleta elétrica

"O Contran se manifestou rapidamente, considerando a bicicleta elétrica como ciclomotor e exigindo carteira de habilitação e regularização nos órgãos competentes ('Contran vê 'e-bike' como ciclomotor' Veículos, 25/10).
Isto é um equivoco, que só se justifica para aumentar a arrecadação de impostos. Senão, poderia reduzir a velocidade da bicicleta elétrica e considerá-la bicicleta e e não moto."

ALCIONE PELEJA (Goiânia, GO)

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Integração

"A impressionante recuperação pós-crise sistêmica da economia globalizada da Bolsa de Valores brasileira, assim como igualmente a de todas as demais dos países mundo afora, é emblemática.
Sabendo-se que a firme intervenção de recursos governamentais no sistema financeiro foi o fator preponderante na rápida superação do setor bursátil, ficou a certeza: o mercado não pode viver distanciado do Estado.
A simbiose entre essas duas fundamentais instituições foi a grande lição resultante do tsumani financeiro global, que sepultou a falácia neoliberal do chamado Estado mínimo. Que venha o novo capitalismo integrado ao sistema produtivo e com responsabilidade social, única forma de se viver a plenitude do regime democrático que a todos beneficie."

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

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Osesp

"Com muita educação, posso dizer, no mínimo, que a atual direção da Osesp é muito 'cara de pau'! O aumento informado é verdadeiro, variando no caso de aposentados, estudantes e terceira idade, de 48% a 70% ('Preços de assinaturas para Osesp em 2010 sobem em até 70%', Ilustrada, 27/10).
Por que o absurdo aumento recaiu somente sobre estas três categorias sociais, justamente as que mais precisam? Informaram que alinharam os preços em função do mercado! Mas isso é cara de pau mesmo, pois esquecem que quem paga a conta --no caso da Osesp-- é o governo do Estado, o qual deveria proporcionar uma melhor situação a quem compra um ingresso e, principalmente, uma assinatura; e não o contrário. Onde fica o papel social da orquestra?
Quanto à taxa de serviços adicionais mencionada, é puro 'disfarce' de uma situação, no mínimo, esquisita, pois quem precisa de uma 'série de benefícios adicionais' após a compra de um ingresso ou uma assinatura? Comprou, pagou, levou e ponto final!
É tudo muito estranho e esquisito; para não dizer outra coisa."

RONALD FLEISCHNER (São Paulo, SP)

*

"O caderno Ilustrada ('Em 2010, Osesp focará Mahler e terá Freire') publicou que na próxima temporada da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) não será mais apresentada ópera, em concerto, como era feito há muitos anos.
Uma triste notícia, que priva o público de duas óperas anuais, numa cidade que investe quase nada nesta importante área da música. Diz o responsável (um tal consultor) que ópera dá muito trabalho, toma tempo e dinheiro. Com isso, a Osesp --que é mantida com dinheiro público e gerida por uma OS (Organização Social)-- dá sua péssima contribuição para a música lírica, que vive um momento de total abandono em São Paulo. Não seria melhor diminuir o número de maestros convidados ou cancelar as viagens para outros países? Esses consultores da Osesp não estão com nada."

ANTONIO ROQUE CITADINI (São Paulo, SP)

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2010

"Gostaria de expressar a minha opinião a respeito do mexerico petista com o PMDB. O falatório começa na tese de que o PT morre de medo que o PMDB pule na canoa do Aécio se ele for o candidato tucano, apesar de seu pífio desempenho nas prévias até agora. E chegam a citar o líder peemedebista na Câmara, Henrique Alves, como uma mariposa atraída pela chama aecista, esquecendo que ele só não foi candidato a vice-presidente porque foram levantadas suspeitas contra sua ex-mulher.
Desse jeito, os petistas querem fazer crer que o PMDB está predisposto a uma vocação suicida, até agora ignorada."

GISLAINE SANTOS (São Paulo, SP)

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AGU e STF

"Esperto esse novo advogado-geral da União ('Adams assume AGU hoje no lugar de Toffoli, que toma posse no STF', Brasil, 23/10); já está calçando o seu caminho para ministro do Supremo. Vai que surge uma vaguinha por lá e ele, com esse posicionamento toffolíssimo, está candidatíssimo ao cargo."

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

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Educação

"A reportagem 'Método fônico avança na alfabetização' ( Cotidiano, 26/10) expõe alguns equívocos que precisam ser esclarecidos, para que a alfabetização das crianças brasileiras não retroceda à primeira metade do século passado.
A matéria confunde, por exemplo, a concepção construtivista com método global de leitura, sendo que ambos se diferenciam, tanto pelas matrizes teóricas, quanto pelas orientações didáticas.
Além disso, ignora que, nos últimos anos, as propostas construtivistas têm enfatizado o equilíbrio entre situações de ensino que visem à apropriação da cultura escrita e ao domínio do código alfabético. Outra questão se refere à suposta maior eficácia do método fônico para as crianças pobres. A falácia desse argumento é demonstrada pelos altos índices de repetência nas séries iniciais, nos tempos em que predominavam na escola os métodos com ênfase apenas na aprendizagem do código.
Toda essa discussão desvia a atenção da sociedade para o que de fato precisa ser resolvido: a formação dos professores alfabetizadores e as condições de trabalho dos profissionais de ensino neste país."

ZORAIDE FAUSTINONI e CRISTINA ZELMANOVITS (São Paulo, SP)

 
 

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