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Papa e pedofilia, eleições, ficha limpa, Holocausto, Gunatánamo
da Reportagem Local
Papa e pedofilia
"As denúncias contra padres pedófilos, mesmo as que dizem respeito à suposta omissão do então arcebispo Ratzinger, em nada profligam a doutrina da infalibilidade do papa. Na verdade, a referida infalibilidade é de direito divino, pois foi outorgada por Jesus Cristo ao primeiro papa, são Pedro: significa que, quando o bispo de Roma ensina 'ex catedra', isto é, solenemente, algum tema de fé ou de moral, sua sentença é infalível.
Até mesmo papas devassos, como o medievo Alexandre 6º, jamais proferiram uma doutrina que vulnerasse o Evangelho, pois, nesta hipótese, são assistidos pelo Espírito Santo."
EDSON LUIZ SAMPEL, membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (São Paulo, SP)
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Eleições
"Após a leitura das entrevistas publicadas no domingo ('A pior coisa é você parecer o que não é; tenho uma cara só') e na segunda ('Não se pode reduzir juros 'feito maluco', diz Dilma') nesta Folha, uma avaliação salta aos olhos. Na prefeitura e no governo, José Serra esteve acessível ao eleitor, que pôde abordá-lo nas ruas da capital e das cidades do Estado de São Paulo. No Ministério da Saúde, uma área-fim de governo, também esteve próximo dos cidadãos. Sua personalidade e modos de homem público foram aprovados pela população.
Não se pode dizer o mesmo da candidata petista, Dilma Rousseff, que não faz ideia do que seja isso. Além de cumprir apenas tarefas burocráticas em um ministério-meio, ela se revelou uma péssima administradora."
KLAUS BENVENUTO (Santo André, SP)
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"Dilma declara que sua biografia é o governo do Lula, porque ela 'carregou o piano' por cinco anos! Agora ninguém mais pode se aborrecer quando a gente diz que o Lula não trabalha e só vive viajando de um lado para o outro. A Dilma, queridinha dele, entregou o ouro: era ela quem trabalhava; enquanto ele passeava! Agora é oficial!"
NINA CARDOSO (Londrina, PR)
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Ficha limpa
"O debate que foi alvo de análise da coluna de Marina Silva ('Plano de fuga', Opinião, 12/4) nasceu morto desde a sua propagação. Caso venha a ser instituído tal critério, a maioria dos congressistas, ou uma parcela significativa, ficará impedida de se candidatar. Logo, não será sequer debatido e ficará na gaveta para o esquecimento."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
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"Tem sentido o Congresso empurrar eternamente a decisão do projeto ficha limpa, pois, se já o fizesse, nas próximas eleições não haveria candidatos. Essa vacância generalizada seria de grande importância. Sem políticos, o Brasil poderia caminhar a passos largos para seu glorioso destino, os freios seriam desatados e o trem-bala poderia realmente ser bala."
JOUBERT TREFFIS (Rio de Janeiro, RJ)
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Holocausto
"Muito interessante ver o povo israelense e os governantes de Israel pararem e fazer dois minutos de silêncio para homenagear as vítimas do Holocausto. Mas e quanto ao holocausto palestino cometido por Israel? Milhares de civis palestinos mortos covardemente, entre eles idosos, mulheres e crianças. E quanto às atitudes racistas de Israel, que nega o direito à existência de um Estado palestino livre, soberano e convivendo em paz ao lado do Estado judeu? De que adianta o governo e o povo israelense pararem para homenagear as vítimas do Holocausto se eles mesmos não tiraram uma lição dessa barbárie que sofreram?
O povo israelense não possuía um Estado, eles eram discriminados e humilhados, assim como os palestinos estão passando nos dias de hoje. No entanto, o Estado de Israel foi criado pela ONU. Onde está essa mesma ONU para pressionar Israel a congelar as construções na Cisjordânia e criar um Estado palestino? Até quando aguentaremos tanta hipocrisia de Israel e do resto do mundo com a atual situação em que vivem os palestinos?"
IAD IBRAHIM DAOUD (São Paulo, SP)
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Guantánamo
"Interessante que os críticos da falta de direitos humanos em Cuba ('Sem regras, Guantánamo julga seus presos', Mundo, 11/4) não se manifestam com a mesma intensidade quando se trata dos direitos humanos nas prisões no Iraque e/ou na base militar dos EUA, por ironia da história, encravada no território cubano."
RICHARD DOMINGUES DULLEY (Peruíbe, SP)
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Lixo
"Se de um lado é um absurdo o Brasil ter de importar lixo para reciclar, de outro mostra a força da indústria de reciclagem criando corpo. Os prefeitos, no entanto, responsáveis pelo lixo nas cidades, são, na verdade, irresponsáveis e incompetentes por não enxergarem que, além do bem-estar do cidadão, as cidades podem criar valores com a reciclagem, incentivando a indústria da reciclagem e economizando na coleta do lixo.
Ah, economizar na coleta talvez não interesse para o caixa dois e a corrupção."
OTAVIO QUEIROZ (São Paulo, SP)
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