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16/10/2011 - 08h00

Governo deve flexibilizar legislação para Copa do Mundo de 2014?

DE SÃO PAULO

A meia-entrada para idosos e estudantes em ingressos de jogos da Copa do Mundo de 2014 vai causar um prejuízo de US$ 100 milhões (cerca de R$ 180 milhões), segundo os cálculos da Fifa. A entidade já avisou o governo brasileiro que não aceita arcar com esse ônus.

Governo deve flexibilizar a legislação para meia-entrada na Copa-14?

SIM

Essa legislação deveria ser revista não só para a Copa, mas, sim, para qualquer evento cultural que ocorre no Brasil.

É sabido que há muitas fraudes no uso deste benefício e, por isso, o preço do ingresso é aumentado para compensar essas perdas.

O empresário nunca perde, ainda mais no Brasil. Acredito que o país deveria avaliar como é feito no exterior e tentar criar um modelo com base nisto.

GABRIEL MACRAM (São Paulo, SP)

NÃO

As flexibilizações de leis em face de eventos pontuais geram a desordem legislativa e a insegurança jurídica, além de submeterem a soberania do país a interesses meramente comerciais e se constituírem intempestivas.

Essas condições deveriam ser do conhecimento dos organizadores pátrios e estrangeiros e consideradas no projeto da candidatura.

Carlos Mendes (Rio de Janeiro, RJ)

O ASSUNTO É CORRUPÇÃO

Os protestos atribuídos à intolerância com a corrupcão têm, na verdade, uma conotacão mais profunda, ainda não percebida pela grande imprensa.

Significam o começo de um basta ao sistema político que vige no país, no qual nossos representantes se investiram de amplos e ilimitados poderes para tudo fazerem, respaldados por leis e regimentos internos.

Entretanto, o papel da imprensa precisa ir além da informacão e das denúncias. Develiderar movimentos, ao lado de ONGs, e provocar reflexões nos vários segmentos da sociedade.

NÁDIA CÂMARA COELHO STRACHICINI (São José do Rio Preto, SP)

SARNEY

O senador José Sarney, presidente do Senado, parece que perdeu o senso ao declarar que os privilégios aos congressistas "homenageiam a democracia".

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O Brasil de políticos corruptos, respeitadas as exceções, e de privilégios é o espectro mais degradante de um país dilapidado pelos larápios de colarinho-branco. O escárnio do presidente do Senado com o dinheiro dos contribuintes, que é usado para bancar as benesses dos parlamentares, extravasa a liturgia da ética e da moralidade e deveria ser objeto de apreciação do Conselho de Ética do Senado.

Afinal, é inadmissível que o presidente do Senado faça apologia a que parlamentares tenham tratamento diferente dos demais trabalhadores, em flagrante desrespeito aos princípios constitucionais de que trata o artigo 5º da Carta.

A sua defesa aos privilégios de congressistas, para justificar a sua forma de fazer política e dela tirar proveito, é veementemente repudiada pela sociedade, e demonstra a razão por que o câncer vicioso de tirar vantagem da coisa pública encontra tanta dificuldade de ser combatido.

A sociedade espera que os senhores parlamentares, em nome da ética e da moralidade pública, questionem o senhor Sarney no Conselho de Ética, embora de antemão saibamos que dificilmente alguma providência venha a ser tomada contra o chefe do PMDB.

JÚLIO CÉSAR CARDOSO (Balneário Camboriú, SC)

Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente do Senado José Sarney

*

Sarney disse que em seu governo se contribuiu para a maior liberdade de expressão que já tivemos no país e que a cultura e a arte devem ser livres.

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'Não prejudicou ninguém', diz Sarney sobre uso de helicóptero

Mas foi em seu governo que se proibiu um filme, "Je Vous Salue, Marie". Sarney, além de mentir, acha que é democrático ter privilégios, como usar, para seus passeios particulares, helicóptero de uso público.

Ele deve ter acreditado no que Lula disse, sobre ele não ser uma pessoa comum para ser tratado como um reles cidadão.

BENI SUTIAK (São Paulo, SP)

 

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