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Descrição de chapéu Coronavírus

Veja histórias de crianças, adolescentes e jovens adultos que morreram de Covid-19 no Brasil

Mais de cem familiares enviaram foto de calçados para representar a perda de parente ou amigo; Brasil registra mais de 200 mil mortes pela doença

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São Paulo
MARYAN RODRIGUES DE SOUZA (09/08/2020 - 19/12/2020) - Arquivo pessoal

​MARYAN R.SOUZA, 4 meses, São José da Tapera (AL)

Maryan tinha um olhar doce, era tranquila. Nasceu com aíndrome de Down. Sua mãe, a agricultora Claudiene Rodrigues de Souza, 41, criou os outros seis filhos sozinha. A irmã mais velha de Maryan tem 24 anos e o mais novo, 6. Internada com pneumonia, a bebê foi provavelmente contaminada no hospital. Maryan morreu em 19 de dezembro.


MARIANA FRANKLIN FERREIRA SILVA (2006 - 2020) - Arquivo pessoal

MARIANA FRANKLIN SILVA, 14, estudante e nadadora, Presidente Prudente (SP)

Mariana nadava desde os quatro anos. Sonhava que, a partir do esporte, conseguiria uma bolsa para estudar no exterior. Treinava de segunda a sábado. O tênis vermelho, parte do uniforme escolar, era sua marca. Era com ele que ela ia para a escola, para os treinos e competições.


KLEDISTON KELPS (1998-2020) - Arquivo pesssoal

KLEDISTON KELPS, 22, enfermeiro, Primavera do Leste (MT)

Klediston foi Miss Simpatia de Poxoréu, o município de Mato Grosso em que nasceu. Cursava a faculdade de enfermagem ao mesmo tempo em que fazia um curso técnico para poder exercer a profissão o quanto antes. Tocava violão e venceu um sarau, declamando um poema contra a homofobia para homenagear uma amiga transexual. Klediston tornou-se a mais jovem vítima da doença entre os profissionais da categoria em Mato Grosso, de acordo com o Coren-MT (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso).


WILLIAM NEDER ODHENE JÚNIOR (1996-2020) - Arquivo pessoal

WILLIAM N. COHENE JR, 24, consultor, Cuiabá (MT)

William nasceu em Casa Branca, interior de São Paulo (SP). Consultor de beleza, sonhava em ficar famoso seguindo a carreira de modelo. Filho único, adorava maratonar séries e se divertia com jogos de carta. Jogava muito bem Mobile Legends. Fascinado pelo mundo pop, passou seus últimos dias ouvindo o último álbum da Lady Gaga.


CAMILE MIGUEL VITOR (1987-2020) - Arquivo pessoal

CAMILE MIGUEL VITOR, 33, dona-de-casa, Santo Antônio do Aracanguá (SP)

Mãe de três filhas, Camile sonhava em se formar em pedagogia, mas não teve a oportunidade. Nos finais de ano, gostava de se fantasiar de “Mamãe Noel” para distribuir presentes pela cidade. O par de sapatos, presente de sua madrinha, era o que Camile calçava quando caprichava no visual para ir às compras ou almoçar em algum restaurante.


Daniela Aparecida de Souza Costa (1985-2020) - Arquivo pessoal

DANIELA A. S. COSTA, 37, agente de viagem, Porto Velho

Nascida em Guarulhos, Daniela chegou a Rondônia aos seis anos com a família que estava em busca de oportunidades no território recém-convertido em estado. Trabalhou como modelo dos 15 aos 18 anos. Foi agente de viagens e chegou a abrir sua própria agência. Quando as finanças apertaram, passou a vender roupas. Era adepta, com orgulho, do candomblé.


CELMA CASTRO (1981-2020) - Arquivo pessoal

CELMA CASTRO, 39, dona-de-casa, Venda nova do Imigrante (ES)

“Obrigada, Senhor, por mais uma bênção em minha vida. Vou ser mãe de menina.” A comemoração, publicada em abril no Facebook de Celma, expressava a alegria com a chegada da bebê que realizaria seu plano de ter um casal. O primeiro filho tinha pouco mais de um ano. A dona de casa deu à luz sedada e não chegou a conhecer Marcela.


JHONAS RODRIGUES (1985-2020) - Arquivo pessoal

JHONAS RODRIGUES, 35, psicólogo, Patrocínio (MG)

Nascido em Guimarânia, em Minas, Johans mudou-se criança para Patrocínio, no mesmo estado, e foi ali que construiu sua família. Psicólogo, trabalhou no serviço público por anos até abrir seu consultório particular. Calmo e sonhador, Jhonas deixa esposa e filhos. O par de sapatos acima foi o último que ele comprou. Usava tanto para o trabalho quanto na vida social.


KARINE OURIQUES MAIA (1988-2020) - Arquivo pessoal

KARINE OURIQUES MAIA, 32, funcionária pública, Florianópolis (SC)

Coordenadora de tecnologia da informação, Karine atuava na secretaria estadual de saúde de Santa Catarina. Sempre conectada e a par das novidades sobre tecnologia, ministrava palestras em viagens a trabalho. Sorridente, adorava reunir a família e estar com os amigos. Esses sapatos eram usados nos passos do forró que tanto gostava de dançar.


MARIANE CAPUANO (1981-2020) - Arquivo pessoal

MARIANE CAPUANO, 38, São Paulo, SP

Não tinha tempo ruim para Mariane. Quando via alguém cabisbaixo, dizia: “Vamos levantar a cabeça e bola para frente”. Adorava ver a família reunida e brincar com a sobrinha pequena. Tinha síndrome de Down e consciência da própria condição, e lidava com isso de forma tranquila. Quando via alguém com Down na televisão, exclamava: "Olha! Igual eu!"

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