VALDEMAR G. DE SOUSA JR, 47, professor, São Paulo (SP)
Valdemar começou a trabalhar ainda na adolescência. Formou-se em história, fez mestrado e estava cursando o doutorado. Adorava contar histórias, e recentemente havia descoberto o gosto por jogar jogos de tabuleiro.
Atuava na rede pública de ensino e ajudou a fundar o Cursinho Popular da PUC-SP, com o objetivo de inserir jovens da periferia e negros na universidade.
JULIANA DA SILVA NUNES, 36, professora, Maringá (PR)
Desde 2014 era professora da rede municipal e, recentemente, trabalhava como secretária de cultura do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá. Casada, era uma mulher confiante e solidária, que gostava de ir a festas para encontrar os amigos.
MARIA HELENA S. SALA, 70, professora, Barueri (SP)
Com 42 anos de trabalho em salas de aula, Maria Helena lecionou para crianças que, hoje, são pais e avós. Era reconhecida onde fosse —foi notada até em um shopping pelo Papai Noel, que tinha sido seu aluno. Tinha orgulho da sua profissão e, se necessário fosse, ia até a casa dos alunos. Também os recebia em seu portão para ajudá-los.
Mãe de dois filhos, ao se aposentar passou a se dedicar aos três netos.
JOSÉ LUIZ R. PEREIRA, 70, professor, Juiz de Fora (MG)
Professor universitário, José Luiz gastava o pouco tempo livre que tinha na horta. Chegava a fazer carinho nas plantas. Quando a folga do trabalho era um pouco mais longa, o destino era a praia, onde passava horas no mar. O par de chinelos acompanhou Zé em diversas viagens e materializa as lembranças das férias em família. A última delas foi nas praias de Maragogi, em Alagoas.
LILIANE MARIA SOUZA FONTOURA, 59, professora, São Leopoldo (RS)
Com 25 anos de trabalho em salas de aula, Liliane dedicava grande parte do dia ensinando inglês. Amava festas e as organizava também na escola. Não deixava passar em branco um Halloween ou um Dia de Ações de Graças. Sonhava em viver nos EUA.
Deixou dois irmãos, três sobrinhos, dois afilhados e Maria do Céu, sua cachorra, que considerava uma filha.
NIEDJA M. CAVALCANTE, 88, educadora, São Paulo (SP)
Desde pequena, Niedja sonhava em casar e ter muitos filhos. Deixou de lado seu objetivo de ser parteira para se dedicar à família. Além de cuidar dos oito filhos, ajudava na igreja e acolhia inúmeras afilhadas que precisavam de ajuda. Ninguém saía de sua casa sem uma palavra amiga ou um bom conselho. Os sapatos retratados acima são símbolo da vida que levava, sem luxos, mas com conforto.
MÁRCIA V. ILDEFONSO, 75, professora, Brasília (DF)
Professora universitária aposentada, sempre que podia Márcia calçava os sapatos coral e procurava um motivo para reunir familiares e amigos nas festinhas onde adorava dançar. Aos 38 anos, ficou viúva e criou sozinha dois filhos. Como não tinha meninas, levava as sobrinhas ao salão de beleza e dava conselhos amorosos. Era uma defensora do direito das mulheres.
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