O que Daniel Alves já fez para virar esperança dos são-paulinos
Títulos, parceria com Messi e longevidade marcam carreira do lateral
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A contratação de Daniel Alves, 36, pelo São Paulo reverberou e repercutiu no Brasil e no exterior. Jornais e veículos estrangeiros noticiaram o novo passo na carreira do lateral direito, que jogava na Europa desde os 19.
Recordista de títulos, conquistou 23 dos 40 troféus da carreira com a camisa do Barcelona (ESP). No clube catalão, se tornou grande parceiro do argentino Lionel Messi, com quem ganhou três vezes a Champions League.
Admirado por Pep Guardiola e por Tite, o atual capitão da seleção brasileira chega ao Morumbi para colocar em prática o projeto de disputar a Copa do Mundo de 2022, no Qatar, quando já terá completado 39 anos. A Folha lista abaixo, em tópicos, os destaques da carreira do lateral.
Garçom de Messi
Daniel Alves chegou ao Barcelona em 2008 e atuou até 2016. Nesses oito anos, conquistou 23 títulos e se tornou o principal assistente de Lionel Messi na equipe catalã. Foram, ao todo, 42 passes para gols do argentino, com quem se sagrou campeão de três edições da Champions League e seis Campeonatos Espanhóis.
Em outubro do ano passado, Luis Suárez ultrapassou o brasileiro em assistências para Messi na liga (27 a 26). No Twitter, o lateral, que ainda é o líder somando todas as competições (42 a 40), lamentou a perda do recorde local de passes para o argentino.
Parça de Neymar
Mais que ex-companheiros no Barcelona (ESP) e no Paris Saint-Germain (FRA), Daniel Alves e Neymar são melhores amigos. O lateral defende o atacante em praticamente todas as entrevistas que dá. Em entrevista à Folha no início deste ano, disse que considera Neymar "como um filho. Eu sei tudo o que passa na cabeça dele", afirmou Daniel Alves.
Na preparação para a Copa América de 2019, a modelo Najila Trindade acusou Neymar de estupro. O lateral, que depois herdaria a braçadeira de capitão com o corte do camisa 10 por lesão, saiu em defesa do amigo. "O Ney está calmo por estar com a verdade e preocupado com a exposição. As pessoas deveriam ter um pouco mais de cuidado. Jogar com a vida dos outros não é aconselhável", disse Daniel.
Querido dos técnicos
Daniel Alves chegou ao Barcelona junto de Pep Guardiola, que iniciou em 2008 sua experiência como técnico do clube. Titular incontestável, ganhou a admiração do treinador. Em entrevista no ano passado, o lateral disse que ser treinado por Guardiola era "melhor que sexo". Perguntado a respeito em uma entrevista coletiva no Manchester City (ING), o catalão disse preferir "muito mais o sexo", mas afirmou que treinar o jogador também foi muito prazeroso.
Com Tite, o lateral direito goza de carinho e confiança. O técnico o nomeou capitão da seleção para a Copa América e sempre faz questão de destacar o aspecto de liderança do atleta. "Primeiro, o Dani tem uma capacidade mental de superação. Segundo, capacidade física. Tudo aliado à qualidade técnica que ele demonstrou. Digo assim: o Dani é do bem. E que bom lidar com atletas que têm essa característica", afirmou Tite, que também recebeu elogios do jogador. "Ele é um dos melhores do mundo em gestão de equipe, nem o Guardiola é igual ao Tite como gestor de equipe”, disse Daniel, em entrevista ao SporTV no último mês de julho.
Ninguém ganhou como eu
Com 40 títulos conquistados (41, se considerada a conquista de um Mundial pela seleção sub-20, em 2003), Daniel Alves é o maior campeão da história do futebol mundial. Pelé é o segundo atleta que mais vezes levantou taças, com 37.
Só no Barcelona, o lateral foi campeão 23 vezes. No Sevilla (ESP), em sua primeira equipe na Europa, venceu cinco títulos. Foram mais dois pela Juventus (ITA), cinco pelo Paris Saint-Germain (FRA) e quatro pela seleção brasileira (duas Copas das Confederações e duas Copas América). No Bahia, onde foi revelado, se sagrou campeão da Copa do Nordeste em 2002.
Vida longa na seleção
O lateral direito fez sua estreia pela seleção brasileira em 2006, quando ainda era jogador do Sevilla e o técnico do Brasil era Dunga. Com o técnico, foi campeão da Copa América de 2007, marcando gol na final contra a Argentina, campeão da Copa das Confederações de 2009, e disputou sua primeira Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. Na competição, iniciou na reserva e ganhou uma chance entre os titulares no meio de campo na vaga de Elano, lesionado.
Depois de Dunga, seguiu fazendo parte da seleção sob os comandos de Mano Menezes e Felipão. Com o hoje técnico do Palmeiras, foi campeão da Copa das Confederações em 2013 e disputou o Mundial de 2014, no Brasil, mas perdeu a titularidade durante o torneio, substituído por Maicon.
Daniel Alves chegaria à Copa de 2018, na Rússia, como titular, mas uma lesão no joelho direito o tirou do torneio. Campeão da Copa América deste ano com Tite, tem 115 partidas com a camisa da equipe nacional. Antes da seleção principal, venceu o Mundial sub 20 de 2003, superando na decisão a Espanha , que tinha Andrés Iniesta, por 1 a 0, gol do volante Fernandinho.
De figurante a fashionista
Fora dos gramados, Daniel Alves também não gosta de passar despercebido. Interessado em moda, gosta de roupas extravagantes, como as que usou, por exemplo, em premiações da Fifa.
O lateral também pode colocar em seu currículo a participação em um filme. Foi figurante no longa "Guerra dos Canudos" (1997), estrelado por José Wilker, Cláudia Abreu, Paulo Betti e Marieta Severo. Pela participação, ganhou R$ 5 por dia de gravação.
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