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Reverência de Biles a Rebeca e argelina Imane Khelif campeã; veja 11 momentos que marcaram Paris-2024

Ginasta brasileira tornou-se a maior medalhista olímpica do Brasil, e boxeadora enfrentou polêmica sobre gênero

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São Paulo

Paris-2024 chega ao fim neste domingo (11). Vendida como a mais sustentável da história, esta edição olímpica ficou marcada, dentre outros fatos, pelo polêmico uso do rio Sena como local de prova e também pelo protagonismo das mulheres no desempenho da delegação brasileira.

Após alguns adiamentos devido à qualidade da água, as provas do triatlo e da maratona aquática aconteceram e alguns nadadores relataram ter cheirado e visto "coisas em que é melhor não pensar muito".

As atletas brasileiras, por sua vez, foram responsáveis por 12 das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil nessas Olimpíadas —inclusive as três de ouro—, sem contar o bronze da equipe mista do judô.

A França também viu Rebeca Andrade subir ao pódio quatro vezes —em uma delas, para ser reverenciada por Simone Biles— e a argelina Imane Khelif enfrentar adversárias e uma polêmica sobre gênero antes de se consagrar campeã da categoria até 66 kg.

Relembre episódios marcantes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

A maior brasileira dos Jogos Olímpicos

O último evento da ginástica artística em Paris coroou Rebeca Andrade como a representante brasileira com mais medalhas olímpicas na história. São seis ao todo: dois ouros, três pratas e um bronze.

A conquista do ouro no solo teve ainda a emblemática imagem das americanas Jordan Chiles e Simone Biles, ginasta mais condecorada de todos os tempos, saudando a brasileira enquanto ela subia ao pódio.

Rebeca Andrade é reverenciada por Simone Biles (esquerda) e Jordan Chiles (direita) ao subir no pódio para receber o ouro do solo - AFP

Polêmica sobre gênero

Além das oponentes da categoria até 66 kg, a argelina Imane Khelif teve de enfrentar uma confusão envolvendo a Associação Internacional de Boxe (IBA) e o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Instaurou-se uma polêmica em torno de seu gênero após uma adversária abandonar uma luta contra ela aos 46 segundos do primeiro round com queixas sobre a potência dos golpes recebidos.

Khelif e a taiwanesa Liu Yu-ting não haviam passado em testes de elegibilidade para a disputa feminina do Mundial de 2023 organizado pela IBA (Associação Internacional de Boxe). Já Thomas Bach, presidente do COI, afirmou, mais de uma vez, que ambas "são mulheres".

As duas entidades travam uma queda de braço que envolve o banimento da Rússia dos Jogos e denúncias de corrupção contra dirigentes da IBA.

Alvo de ataques nas redes sociais, Khelif superou, na sexta-feira (9), a chinesa Yang Liu e pôde ouvir o hino de seu país após ser ovacionada na quadra principal de Roland Garros. Neste sábado (10), a taiwanesa Lin Yu-ting também ganhou o ouro ao derrotar a polonesa Julia Szeremeta.

Argelina Imane Khelif é ovacionada após ganhar a medalha de ouro em Roland Garros, em Paris - Xinhua

Águas nada cristalinas

A escolha do rio Sena como local de provas do triatlo e da maratona aquática esteve cercada por polêmicas relacionadas à qualidade da água. O tema motivou o mergulho da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, no rio e causou alguns adiamentos de provas e treinos devido a níveis de contaminação acima do considerado aceitável.

Após verificar condições adequadas para as competições, o comitê organizador manteve e realizou o triatlo e a maratona aquática no Sena, e alguns nadadores chegaram a relatar doenças após as provas. Não foram comprovadas, porém, relação entre as infecções e os mergulhos.

Alemão Florian Wellbrock durante a prova da maratona aquática no rio Sena, pelas Olimpíadas de Paris - AFP

O ouro de Bia Souza

O primeiro ouro do Brasil veio com o judô, esporte que historicamente é o que mais traz medalhas olímpicas ao país. Beatriz Souza despachou a líder do ranking mundial, a francesa Romane Dicko, na semifinal e superou a israelense Raz Hershko, campeã europeia, para subir ao lugar mais alto do pódio.

"Estou transbordando de felicidade", disse a judoca após a vitória.

Beatriz Souza comemora vitória contra a israelense Raz Hershko e o ouro olímpico em Paris - Folhapress

John Lennon para acalmar ânimos

A final feminina do vôlei de praia, disputada entre as brasileiras Duda e Ana Patrícia e as canadenses Melissa e Brandie e que terminou com o ouro para o Brasil, teve uma cena engraçada após momentos de tensão entre Ana Patrícia e Brandie. As duas jogadoras se desentenderam durante o tie-break e chegaram a apontar dedos.

Na sequência da briga, o DJ da arena aos pés da Torre Eiffel quebrou o gelo ao colocar "Imagine", de John Lennon, para tocar. O público cantou junto e fez corações com as mãos, e as atletas voltaram ao espírito olímpico, com risadas e palmas para a escolha do DJ.

Após discussão entre a brasileira Ana patricia e a canadense Brandie, o DJ da arena de vôlei de praia colocou John Lennon para tocar e acalmar os ânimos - Reuters

Recorde sobre recorde

No salto com vara, o ouro era praticamente dado como certo para o sueco Armand Duplantis. Antes da final, o atleta admitiu ter como meta quebrar o recorde olímpico de 6,03 m, estabelecido pelo brasileiro Thiago Braz na Rio-2016.

Único da prova a superar os 6 metros, ele saltou 6,10 m e ainda subiu o sarrafo para 6,25 m, marca que conseguiu ultrapassar na terceira tentativa. Com o feito, quebrou também o próprio recorde mundial, que era de 6,24 m.

Sueco Armand Duplantis quebra o próprio recorde mundial ao saltar 6,25 m em Paris - Reuters

Primeira medalha de Santa Lúcia

A velocista Julien Alfred fez história ao vencer a prova feminina dos 100 m rasos e ganhar a primeira medalha para seu país, a pequena ilha de Santa Lúcia, que fica no Caribe e tem menos de 200 mil habitantes.

Antes dela, apenas 30 atletas santa-lucenses tinham participado de edições de Jogos Olímpicos; nenhum deles havia chegado ao pódio.

Julien Alfred, de Santa Lúcia, após vencer a prova dos 100 m rasos nas Olimpíadas de Paris - AFP

Chegada no detalhe

O americano Noah Lyles superou o jamaicano Kishane Thompson por cinco milésimos (9s784 contra 9s789) para ganhar a prova dos 100 m rasos. Foi preciso recorrer à tecnologia da captura fotográfica da chegada dos atletas para verificar o vencedor.

Lyles ainda chamou a atenção depois de levar o bronze nos 200 m. Ele precisou deixar o Stade de France de cadeira de rodas e revelou na sequência que havia competido com Covid-19.

Registro da chegada da prova dos 100 m rasos nas Olimpíadas de Paris - Reuters

A piscina é deles

O nadador francês Léon Marchand saiu da Arena La Défense coroado com quatro medalhas de ouro e quatro recordes olímpicos quebrados —dois deles que pertenciam ao americano Michael Phelps—, além do bronze no revezamento 4 x 100 m masculino medley.

A americana Katie Ledecky somou mais quatro medalhas à sua carreira, dois ouros, uma prata e um bronze. Ela é agora tetracampeã olímpica nos 800 m livre e bicampeã nos 1.500 m.

Francês Leon Marchand durante semifinal dos 200 m peito, na La Defense Arena, em Nanterre - Reuters

Campeão de tudo

Ao vencer Carlos Alcaraz na final, por 2 sets a 0 (duplo 7/6), Novak Djokovic tornou-se campeão olímpico e de todas as grandes competições que disputou: além dos Jogos, os quatro Grand Slams, a Copa Davis e o ATP Finals. Chorou após a vitória e comemorou com sua família.

Novak Djokovic logo após derrotar Carlos Alcaraz na final da chave simples das Olimpíadas de Paris - AFP

Ouro quíntuplo na luta

Não há rivais para o cubano Mijaín López na categoria 130 kg da luta greco-romana há cinco edições de Olimpíadas. Desde Pequim-2008, ele é o medalhista de ouro. Com o título em Paris-2024, ele tornou-se o primeiro atleta a somar cinco ouros na mesma prova olímpica.

O cubano Mijaín López é o primeiro atleta a ganhar cinco ouros em uma mesma prova olímpica - Reuters

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