Siga a folha

Morre Jean-Claude Carrière, roteirista francês parceiro de Buñuel, aos 89 anos

Ganhador do Oscar honorário, ele colaborou com o surrealista em 'A Bela da Tarde' e 'O Discreto Charme da Burguesia'

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O escritor, diretor e roteirista francês Jean-Claude Carrière, que trabalhou, entre outros, com Luis Buñuel e Milos Forman, morreu nesta segunda (8), aos 89 anos, em Paris

Segundo sua filha, Kiara Carrière, confirmou à AFP, o roteirista não estava doente e morreu enquanto dormia em casa.

Um dos maiores nomes do surrealismo francês, Carrière começou sua colaboração com Buñuel como roteirista de "O Diário de uma Camareira", em 1964, adaptação de um romance de 1900 de Octave Mirbeau, com Jeanne Moreau no papel principal.

A parceria continuou em trabalhos como "A Bela da Tarde", de 1967, com Catherine Deneuve, "O Discreto Charme da Burguesia", de 1972, e "Esse Obscuro Objeto do Desejo", de 1977.

Carrière também era dramaturgo e escrevia peças como "O Terraço", encenada em São Paulo pela primeira vez em 2013.

Em 2015, ele recebeu o Oscar honorário por sua carreira no cinema, em que assinou mais de cem roteiros, atuou em alguns filmes e dirigiu alguns curtas.

Ele trabalhou ainda com outros diretores renomados, como Jean-Luc Godard, Louis Malle, Michael Haneke, Peter Brook e Andrzej Wajda, com quem contou a história de Danton, personagem da Revolução Francesa, com Gérard Depardieu no papel do protagonista.

Em 1988 adaptou o livro de sucesso "A Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera, sob a direção de Philip Kaufman, com Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche.

Em 1991, foi um dos roteiristas de "Brincando nos Campos do Senhor", dirigido por Hector Babenco.

Nos últimos anos, escreveu o roteiro de "No Portal da Eternidade", de Julian Schnabel, que tem Willem Dafoe como o pintor Vincent Van Gogh, trabalhou com Louis Garrel em "Um Homem Fiel", e com seu pai, Philippe Garrel, em "Le Sel des Larmes", do ano passado.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas