Irã vai executar 'espião' que teria ajudado EUA em ação que matou Suleimani
Assassinato de comandante quase gerou guerra entre países em janeiro
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O Irã vai executar um iraniano que forneceu informações aos EUA e a Israel sobre os deslocamentos do general Qassim Suleimani, morto em um ataque executado por Washington em janeiro, em Bagdá, anunciou o governo iraniano nesta terça (9).
Mahmud Mussavi Majd foi declarado culpado de espionar a força Quds, unidade de elite responsável pelas operações no exterior da Guarda Revolucionária do Irã, comandada à época por Suleimani.
Majd teria recebido uma grande quantia de dinheiro pela ação.
De acordo com o porta-voz da Autoridade Judicial do Irã, Gholamhossein Esmaili, o condenado repassou à CIA e ao Mossad, os serviços de inteligência dos EUA e de Israel, informações sobre as viagens e os locais onde o general esteve.
A condenação de Majd foi confirmada pelo Tribunal Supremo e será aplicada em breve, afirmou um porta-voz judicial, sem revelar detalhes.
Suleimani foi morto em um ataque americano com drone perto de Bagdá em 3 de janeiro. O general, venerado no Irã, era o arquiteto da estratégia militar do país na região, sobretudo no Iraque e na Síria.
Seu funeral levou multidões às ruas. O Irã ameaçou uma forte reação, o que gerou temores de uma guerra com os Estados Unidos, mas a resposta acabou limitada a um ataque a uma base americana no Iraque.
Durante a reação, forças iranianas também derrubaram um avião comercial de forma acidental. A aeronave, um jato de uma companhia aérea ucraniana com 176 pessoas a bordo, caiu e explodiu.
Depois disso, os ânimos se acalmaram, embora a tensão entre os dois países prossiga.
Os EUA impõem sanções econômicas ao Irã devido a acusações de que o país busca construir uma arma nuclear e de que financia terroristas.
Em 2018, Trump tirou os EUA de um acordo internacional assinado em 2015 no qual o Irã se comprometeu a reduzir seu programa nuclear em troca do alívio do bloqueio econômico.
Em dezembro, antes da morte de Suleimani, Teerã anunciou a detenção de oito pessoas vinculadas à CIA e aos protestos contra o governo nas ruas do país, motivados pelo aumento do preço da gasolina.
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