Durante as Olimpíadas existem disputas esportivas, vibração com medalhas, risadas com memes, mas também embates políticos.
Um que está em alta nos últimos dias envolve o Bolsa Atleta, programa criado em 2005, no primeiro governo Lula, que fornece um patrocínio mensal a atletas. Em quase 20 anos, foram investidos mais de R$ 1,5 bilhão em mais de 37 mil atletas, segundo dados do Ministério do Esporte.
Quem ajudou a alavancar o debate foi o apresentador da TV Globo Marcos Mion, que criticou, com dados incorretos, os salários dos brasileiros que estão nas Olimpíadas. Ele se desculpou publicamente.
Nas redes, atletas, políticos e usuários passaram a reforçar a importância do programa, que também recebe críticas. O #Hashtag separou algumas repercussões.
"Não tem como falar da minha história sem falar do Bolsa Atleta", afirma o medalhista de prata na marcha atlética Caio Bonfim.
Antes de embarcar, Bonfim já havia deixado um recado na página da Secretaria de Comunicação Social da Presidência sobre a importância do programa.
As páginas oficiais do governo brasileiro têm reforçado o Bolsa Atleta nas publicações.
A primeira-dama Janja tem feito postagens efusivas sobre o Bolsa Atleta.
Políticos de esquerda também enaltecem o programa.
Abaixo, lista com o valor recebido por atletas de diferentes níveis. O nacional recebe menos do que um salário mínimo.
Há críticas ao modo excessivamente laudatório do governo.
A skatista Rayssa Leal tem mais de uma dezena de patrocinadores.
A @biavianna_ffc lembrou que antes dos patrocínios os atletas recebiam apenas o Bolsa Atleta.
"O Bolsonaro acabou com o Ministério do Esporte", relembra Jacqueline Bandeira, ex-atleta de ginástica artística e atualmente atriz, que utilizou o Bolsa Atleta.
A multimedalhista Rebeca Andrade é outra beneficiária do Bolsa Atleta.
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