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Saúde Mental - Sílvia Haidar
Sílvia Haidar
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Saúde mental preocupa mais da metade dos brasileiros, aponta Ipsos

Bem-estar emocional é o principal motivo de apreensão nos 31 países consultados pelo levantamento

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São Paulo

Cinco em cada dez brasileiros (52%) afirmam que a saúde mental é o principal problema do país em termos de bem-estar da população. Essa foi a constatação da pesquisa "Monitor Global dos Serviços de Saúde", feita pelo Instituto Ipsos.

Isso faz com que a saúde mental seja a principal apreensão da população brasileira em relação à saúde.

Nos 31 países consultados na edição de 2023, as pessoas colocam a saúde mental como a principal preocupação de saúde enfrentada por seu país. Desde o início da pesquisa, em 2018, a preocupação com a saúde mental aumentou em 17 pontos percentuais, com mais de dois quintos preocupados com esse tema.

O levantamento foi realizado entre os dias 21 de julho e 4 de agosto deste ano. Foram entrevistadas 23.274 pessoas, sendo mil do Brasil. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. O estudo tem como objetivo investigar mudanças em relação a preocupações sobre saúde, como as pessoas percebem a qualidade dos sistemas de saúde de seus países e os maiores desafios enfrentados no setor ao redor do mundo.

Fotografia mostra a silhueta de um homem sentado na ponta de uma cama com as mãos na cabeça; o quarto está escuro
A Suécia e o Chile são os países em que mais pessoas estão preocupadas com a saúde mental, de acordo com a pesquisa Ipsos; o Brasil está em décimo lugar - Adobe Stock

A Suécia e o Chile são os países mais preocupados com a saúde mental. Nas duas nações, dois terços das pessoas sentem que a saúde mental é um dos maiores problemas de saúde enfrentados em seus países. Canadá, Espanha e Austrália completam o top cinco. O Brasil está em décimo lugar, atrás ainda da Nova Zelândia, Irlanda, Estados Unidos, Grã-Bretanha.

Aumento da preocupação com a saúde mental

Em 2018, 18% dos entrevistados mencionaram a saúde mental como tema de maior preocupação. Na edição seguinte, feita em 2020, já durante a pandemia da Covid-19, foram 27%. Em 2021, o valor deu um salto: 40% dos brasileiros já se sentiam de alguma forma afetados pela questão.

Em 2022, a pesquisa mostrou que as pessoas estavam mais preocupadas mais com a saúde mental do que com o câncer. De acordo com o levantamento, 36% dos entrevistados apontaram o bem-estar psicológico como o principal fator de preocupação, atrás apenas da Covid-19, citada por 47%. O câncer ficou em terceiro lugar como motivo de inquietação, mencionado por 34%.

Já no levantamento deste ano, o estresse visto como um problema está em ascensão (30%) na lista, atrás do câncer (40%). Embora em nível global o número de pessoas que veem o câncer como um grande problema de saúde tenha diminuído desde 2018, é uma preocupação maior para pessoas mais velhas do que a saúde mental.

Preocupações dos brasileiros com a saúde

A saúde mental é a principal preocupação da população brasileira em relação à saúde (52%). O câncer é a segunda maior preocupação de saúde no Brasil, com 38% da população citando-o como um problema significativo. O uso abusivo de drogas ocupa o terceiro lugar, com 36%.

Principais preocupações dos brasileiros em relação à saúde

Os dados são da edição 2023 da pesquisa 'Monitor Global dos Serviços de Saúde', feita pelo Instituto Ipsos

  1. Saúde mental (52%)

  2. Câncer (38%)

  3. Uso de drogas ilícitas (36%)

  4. Estresse (29%)

  5. Covid-19 (23%)

  6. Obesidade (20%)

  7. Problemas cardíacos (19%)

  8. Diabetes (17%)

  9. Uso de álcool (17%)

  10. ISTs - Infecções sexualmente transmissíveis (6%)

A pesquisa também avaliou a percepção dos brasileiros com relação ao sistema público de saúde do país. Os resultados mostram que 35% dos brasileiros consideram o sistema de saúde como "ruim", enquanto 31% o classificam como "bom". A média global dos que consideram o sistema "bom" é de 48%, enquanto 20% o consideram "ruim". Os três países que mais aprovam seus sistemas de saúde são Singapura (71%), Suíça (68%) e Malásia (66%). Os três com menor aprovação são Polônia (14%), Hungria (15%) e Peru (16%).

Sobre a capacidade de atendimento do sistema de saúde, sete em cada dez brasileiros (74%) acreditam que o sistema de saúde do país está sobrecarregado. Esse número representa um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2022. A média global de insatisfação com a sobrecarga do sistema é de 62%. Os três países que mais avaliam seus sistemas de saúde como sobrecarregados são França (82%), nações da Grã-Bretanha (81%) e Hungria (79%).

Outro aspecto da pesquisa é a percepção de acessibilidade aos cuidados médicos. Nesse quesito, 83% dos brasileiros dizem acreditar que muitas pessoas não conseguem pagar por uma boa assistência médica. O Brasil lidera nesse aspecto, seguido por Hungria (82%) e Peru (81%). A média global de preocupação com a acessibilidade é de 61%.

Ainda segundo o levantamento, 44% dos brasileiros identificaram o acesso a tratamentos médicos e os longos tempos de espera como o principal problema que o sistema de saúde brasileiro enfrenta. Em segundo lugar, 43% dos entrevistados apontaram a falta de investimento em saúde preventiva como uma grande preocupação. Outra menção significativa é a falta de investimento geral no sistema de saúde, mencionada por 4 a cada 10 participantes da pesquisa.

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