Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Descrição de chapéu Energia Limpa carros

Carro elétrico esquecido em tomada pública vai pagar taxa extra na recarga

Cobrança busca reduzir espera nos eletropostos e pode chegar a R$ 5 por minuto

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Esquecer o carro elétrico plugado em uma tomada pública vai custar caro. Empresas que oferecem o serviço de recarga começam a cobrar pelo tempo em que o veículo ocupa a vaga após as baterias atingirem 100% de capacidade.

Os eletropostos Shell Recharge vão estabelecer a taxa extra na próxima segunda (16). A cobrança ocorre por minuto e, de acordo com a empresa, o valor é definido pelo dono da estação e pode variar de ponto para ponto.

Posto Shell Recharge desenvolvido em parceria entre Raízen, Audi e Porsche
Posto Shell Recharge, para recarga de carros elétricos, instalado em São Paulo pela Raízen em parceria com Audi e Porsche - Divulgação

"Essa cobrança possui o objetivo de reduzir impactos em tempo de espera e proporcionar uma jornada de carregamento mais rápida", diz o comunicado enviado pela Raízen, que controla a marca Shell. "Com essa nova funcionalidade, queremos garantir que todos os motoristas possam utilizar as estações de recarga de maneira mais consciente."

A Volvo adota a mesma estratégia e já cobra pela ociosidade na rede Volvo Recharge. Há uma tolerância de 15 minutos após a conclusão da recarga. Depois de esgotado esse tempo, a tarifa passa a ser de R$ 5 por minuto nos eletropostos instalados em rodovias.

A tendência é que todos os pontos pagos passem a ter taxa extra, o que se torna necessário com o crescimento da frota de modelos 100% elétricos e híbridos plug-in.

Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), já foram vendidos neste ano (janeiro a agosto) 41.022 modelos que só utilizam baterias, o que representa um crescimento de 112% em relação ao mesmo período de 2023.

De acordo com dados da Tupi Mobilidade, o Brasil terminou o mês de agosto com 10.622 pontos de recarga públicos e semipúblicos (localizados em garagens de concessionárias de veículos, por exemplo). Desse total, 89% são do tipo AC, de carga lenta, e 11% do tipo DC, de carga rápida.

Muitas dessas tomadas ainda são gratuitas, ou quase. No caso dos shoppings, o motorista precisa pagar pelo uso do estacionamento para recarregar seu automóvel.

Entretanto, com a massificação dos veículos eletrificados recarregáveis, é esperado um aumento do número de eletropostos pagos, com tarifas que variam de R$ 2 a R$ 4 por kWh (quilowatt-hora).

Ricardo Bastos, presidente da ABVE, afirma que as vendas desses modelos tem crescido para além das capitais. "A interiorização da eletromobilidade continua avançando, o crescimento mostra que o consumidor ganha cada vez mais confiança."

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