Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Alckmin se desfilia do PSDB e reforça opção para ser vice de Lula

Ex-governador de São Paulo ainda não deve anunciar a qual legenda vai se filiar; ele ficou 33 anos no PSDB, partido que ajudou a fundar

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ex-governador Geraldo Alckmin se desfiliou nesta quarta (15) do PSDB.

Ele entregou uma carta de desfiliação para o diretório municipal da legenda que ajudou a fundar e na qual permaneceu por 33 anos —sua assinatura foi a sétima da ata de criação do PSDB. O ex-governador também presidiu o partido entre 2017 e 2019.

A informação de que Alckmin deixaria o PSDB foi antecipada pela coluna em maio. Naquele mês, ele avisou a aliados que deixaria a legenda, hoje dominada pelo governador João Doria (PSDB-SP).

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ficou 33 anos no PSDB, partido que ajudou a fundar - Ciete Silvério-24.set.2021/Fotos Públicas

A gota d’água foi o anúncio de filiação do vice-governador Rodrigo Garcia à legenda, consolidando a candidatura dele ao governo de São Paulo e bloqueando o caminho de Alckmin. Garcia teve o patrocínio de Doria.

Alckmin está conversando com Lula e com o PT para ser candidato a vice-presidente na chapa do petista em 2022. As tratativas foram antecipadas também pela coluna, em novembro.
A ideia inicial era que o ex-governador saísse do PSDB e entrasse no PSB, que o indicaria a vice de Lula.

Divergências das duas legendas em relação à campanha para o governo de São Paulo, no entanto, dificultaram esse arranjo até o momento.

O ex-governador Márcio França, aliado de Alckmin e empenhado em transformá-lo em vice de Lula, já anunciou que pretende se candidatar à sucessão de Doria —e quer o apoio do PT para isso.

A aliança estadual faria parte do pacote em que o PSB indica Alckmin a vice.

O PT de São Paulo, no entanto, não concorda. E pretende manter o nome de Fernando Haddad no páreo para a corrida eleitoral paulista.

Caso o acordo com os socialistas não dê certo, ele teria outras alternativas, como se filiar ao Solidariedade, que já formalizou o convite.
Neste domingo (19), Alckmin e Lula devem se encontrar pela primeira vez em público no jantar do grupo Prerrogativas, em SP, como revelou a coluna nesta quarta (15).

Após a publicação da desfiliação pela coluna, Alckmin fez uma postagem nas redes sociais dizendo que se inicia "um novo tempo! É tempo de mudança!". E dizendo que em 33 anos de PSDB, "procurei dar o melhor de mim".

Médico anestesista, Alckmin começou a carreira política em 1972, quando foi eleito vereador em Pindamonhangaba (SP) pelo MDB com 1.447 votos. Em 1976 conquistou a administração municipal, tornando-se o mais jovem prefeito da cidade.

Foi eleito deputado estadual (1083 a 1986) e depois deputado federal (1987 a 1990).
Em 1988, ajudou a fundar o PSDB, que surgiu como dissidência do PMDB.

Em 1998, escolhido para ser vice-governador na chapa de Mário Covas.

Com a morte do então governador, em 2001, ele assumiu o cargo, para o qual foi reeleito, exercendo o mandato até 2006.

Naquele ano, deixou o cargo para disputar a Presidência da República, e foi derrotado por Lula, que concorria à reeleição.

Voltou a se eleger ao governo de SP, e ficou no cargo por mais dois mandatos, até 2018.

Neste ano, voltou a concorrer à Presidência e não chegou ao segundo turno, que foi disputado entre Fernando Haddad (PT-SP) e Jair Bolsonaro (hoje no PL).

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.