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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus AGU

Instituto prepara curta para pressionar Lula a indicar mulher negra ao STF

Vídeo com a atriz Mariana Nunes terá como mote a importância da representatividade em postos de poder e de destaque

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O Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) prepara uma campanha em vídeo para intensificar a pressão em torno da indicação de uma mulher negra para o STF (Supremo Tribunal Federal). A escolha por um nome cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O curta-metragem, que deve ser veiculado nas redes sociais nas próximas semanas, mostrará o diálogo entre uma mãe, interpretada por Mariana Nunes, e sua filha, protagonizada pela atriz-mirim Lua Miranda. A peça terá como mote a importância da representatividade em postos de poder e de destaque.

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O plenário do STF, em Brasília - Gabriela Biló - 1º.fev.2023/Folhapress

Na produção, a criança brinca de imitar personalidades negras do mundo real, como a cantora Iza, a escritora Conceição Evaristo e a ginasta Daiane dos Santos. Um impasse surge quando a mãe diz que ela também poderia ser ministra do STF, se quisesse. "Ministra do STF? Igual a… Igual quem, mãe?", responde a menina.

Ao final da encenação, uma mensagem será transmitida. "Nunca uma mulher negra foi ministra no Supremo Tribunal Federal. Em 130 anos, no país onde 56% da população é negra, nunca uma mulher negra exerceu o cargo de ministra da Suprema Corte. É urgente o compromisso de modificar essa estrutura de poder", diz um texto que foi preparado para a conclusão da peça.

Intitulado "Todo Mundo Tem um Sonho", o curta integrará a campanha virtual #PretaMinistra, que já tem sido promovida pelo IDPN nas redes sociais. Outras duas produções em defesa da indicação de uma mulher negra ao Supremo também estão previstas para este mês.

O vídeo tem direção de Mayara Aguiar, produção de Cayo Costa e Jéssica Villardo e roteiro de Joel Luiz Costa e Juliana Nascimento.

O IDPN apoia três nomes de mulheres negras para o Supremo: o da promotora de Justiça Lívia Sant’Anna Vaz, o da professora e juíza Adriana Cruz e o da advogada Vera Lúcia Santana Araújo.

Como mostrou a coluna na semana passada, Lula pediu a aliados e auxiliares nomes de mulheres que poderiam ser indicadas para uma vaga no Supremo.

Há uma desconfiança generalizada, no entanto, de que o petista fez o movimento para poder dizer que se esforçou para encontrar uma boa candidata ao lugar da presidente da corte, Rosa Weber, mas não teve sucesso.

A ministra se aposenta em outubro deste ano. Juristas, advogados, movimentos sociais, estudantes e diversas entidades da sociedade civil já se mobilizaram para defender que uma mulher assuma a sua vaga.

Por parte dos movimentos sociais, a pressão é forte para que a escolhida seja uma mulher negra. Mas a disputa se afunilou em torno de dois homens: o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.


DESENHO

O quadrinista Mauricio de Sousa recebeu o Prêmio Personalidade da Comunicação 2023, em cerimônia realizada na semana passada, no teatro Unibes Cultural, em São Paulo. A premiação é uma iniciativa da Mega Brasil Comunicação, dirigida por Marco Antonio Rossi e Eduardo Ribeiro. A secretária de Comunicação do Governo de São Paulo, Lais Vita, prestigiou a homenagem.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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