Integrantes do PT e ex-membros do governo Dilma Rousseff vêm usando uma decisão judicial que a isentou no caso das pedaladas fiscais para se mobilizar contra a possível indicação do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, para a próxima vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)
Dantas era membro da corte quando as contas de Dilma foram rejeitadas em 2015 por unanimidade, em razão das pedaladas. Isso ajudou a abrir o caminho para o impeachment dela, no ano seguinte. Na época, ele chegou a parabenizar em público o então relator, ministro Augusto Nardes, pelo voto.
Em grupos de petistas, o episódio vem sendo lembrado desde que o Tribunal Regional Federal manteve o arquivamento de uma ação contra Dilma pelas pedaladas, na semana passada.
A decisão levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a pedir uma reparação. O PT entrou com projeto na Câmara para devolver a ela o mandato de forma simbólica.
Dantas é considerado um dos favoritos para a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta até o início de outubro.
Segundo um ex-integrante do governo Dilma, as recentes decisões conservadoras do ministro Cristiano Zanin alimentaram uma avaliação de que a próxima vaga não pode ir para alguém que não seja solidamente do campo progressista. Isso excluiria Dantas.
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