O presidente Lula (PT) já manifestou a diversos interlocutores insatisfação com a equipe que ele próprio montou no governo. E estuda uma reforma ministerial.
JOGO DE XADREZ
O petista acha que a sua administração vai bem, e que seus ministros trabalham muito —só que ninguém fica sabendo. Na opinião dele, determinadas áreas estão desorganizadas e não conseguem comunicar suas realizações à população. Nem criar fatos políticos que aumentem a visibilidade de seus feitos.
TABULEIRO
Ele vem sendo pressionado a fazer alterações importantes nos ministérios. Resistente no início, Lula agora admite que elas são necessárias. A provável mudança na Petrobras pode ser o pontapé inicial de uma chacoalhada maior no governo.
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As reformas atingiriam três áreas: Palácio do Planalto —onde estão os ministros que despacham diariamente com ele— social e econômica.
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De acordo com alguns dos desenhos debatidos, o ministro Paulo Pimenta, que goza de grande prestígio junto ao presidente, iria para a Secretaria-Geral, que cuida, entre outras coisas, da interlocução com movimentos sociais. Ainda não está claro para onde Márcio Macêdo, atual titular da pasta, seria transferido.
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No lugar de Pimenta na Comunicação estão sendo considerados nomes como o do deputado federal Rui Falcão e o do prefeito de Araraquara, Edinho Silva.
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O ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, iria para Saúde. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, voltaria ao Senado, e em seu lugar entraria a ex-ministra Tereza Campello, que já ocupou o mesmo cargo.
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Na área econômica, tudo seguiria girando em torno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que segue prestigiado por Lula.
TABULEIRO 7
A ideia seria dar maior uniformidade, movendo peças de outros ministérios ou bancos públicos ligados ao tema. Caso Aloizio Mercadante seja transferido do BNDES para a presidência da Petrobras, a atual ministra do Planejamento, por exemplo, poderia assumir o comando do banco. E um nome como Nelson Barbosa ocuparia o Planejamento.
TABULEIRO 8
As possibilidades estão sendo discutidas de forma aberta entre auxiliares de Lula, no PT e com parlamentares da base governista.
ESTANTE
A atriz Maria Fernanda Cândido prestigiou o lançamento do livro "Diário de um Filme", de Melina Dalboni, na noite de quarta (3), na Livraria da Travessa do shopping Iguatemi, em São Paulo. O volume narra os processos de criação e adaptação para o cinema da obra "A Paixão Segundo G.H.", de Clarice Lispector. O diretor do filme, Luiz Fernando Carvalho, também marcou presença no evento. O longa vai estrear na próxima semana e tem Maria Fernanda como protagonista.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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