Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF, fez consultas a criminalistas sobre a acusação de assédio sexual que tem contra si. Uma das linhas de defesa em estudo é a alegação de que não haveria finalidade de favorecimento ou beneficiamento sexual.
A ideia é usar a tese para tentar impedir que o caso chegue à esfera criminal. O cartola é acusado por uma funcionária de assédio moral e sexual. Ela gravou diálogos com o dirigente em que ele questionava, entre outras coisas, se a assessora "se masturbava".
Especialistas ouvidos pelo Painel divergem entre si. Alguns afirmam ver caminho para o episódio chegar na esfera criminal também. A opinião unânime é a de que assédio moral está configurado, tanto para responder na área cível quanto trabalhista.
"Não dá pra dizer que ele será responsabilizado criminalmente porque não temos cópia dos autos para termos certeza, mas os elementos indiciários indicam que há possibilidade de ter havido assédio sexual como diz a vitima", diz a criminalista Priscila Pâmela dos Santos.
Na CBF, as chances de Caboclo retornar são consideradas remotíssimas. Há o entendimento de que questões judiciais não vão influenciar o processo interno e que as evidências são lamentáveis.
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