De olho no eleitorado feminino, João Doria (PSDB) prepara um grande evento direcionado a este público para o último mês de seu mandato como governador. Em 4 de março, ele pretende reunir até mil pessoas num ato no Palácio dos Bandeirantes sobre combate à violência contra a mulher.
A justificativa oficial é a assinatura de um decreto regulamentando uma lei estadual de outubro do ano passado, que consolidou os processos de apuração e punição de atos discriminatórios contra mulheres no estado.
Também serão anunciadas 43 unidades no interior e região metropolitana da Casa da Mulher, que oferece assistência jurídica e social a mulheres vítimas de violência.
Doria está convidando para o ato todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), senadores e deputados federais do estado, vereadores da capital, autoridades do Judiciário e do Ministério Público paulistas e entidades de classe, como a OAB.
Também foram chamadas personalidades como a ex-modelo Luiza Brunet e a cantora Fafá de Belém. O evento ganhou o nome de "Violência Nunca Mais".
O tucano vem priorizando o voto feminino em sua pré-campanha a presidente, por ser uma parcela da população em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem apoio menor. Ele já disse que pretende ter uma mulher como candidata a vice em sua chapa.
"O governador Doria dará um importante passo em defesa da mulher ao permitir que a Secretaria da Justiça e Cidadania possa punir administrativamente quem discrimina mulher". diz o secretário da pasta, Fernando José da Costa, um dos que organizam o evento.
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