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Assembleia de SP aprova a toque de caixa projeto sobre terras

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Nova lei regulariza terras devolutas; segundo MST, grilagem será favorecida

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (29) em regime de urgência o projeto de lei que institui o Programa Estadual de Regularização de Terras. Foram 48 votos a favor, 15 contrários e 2 abstenções.

Plenário da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) durante votação de projeto que que extingue três estatais e funde outras duas
Plenário da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) durante votação - Carolina Linhares/Folhapress

Críticos do texto, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) afirmam que o programa vai legalizar a grilagem de terras, sobretudo na região do Pontal do Paranapanema.

Segundo o movimento, até 1 milhão de hectares em áreas devolutas poderão ser repassados a empresas e ao agronegócio, em vez de serem usados para fins de reforma agrária.

O projeto teve o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que trava uma disputa pelo apoio no campo sobretudo com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre os autores estava o líder do governo na Assembleia, Vinicius Camarinha (PSDB), além de outros tucanos e representantes de MDB, Republicanos e União Brasil. O objetivo, dizem, é oferecer segurança jurídica aos proprietários.

"Em muitos casos, a batalha jurídica se arrasta por décadas sem que haja decisão definitiva sobre os litígios, causando insegurança jurídica e gerando conflitos fundiários e prejuízos ao desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo", diz a justificativa do projeto.

Para os opositores, o projeto traz retrocessos.​ "Aprovar esse projeto significa um retrocesso a avanços que foram feitos por Monteiro e Covas, que permitiram melhores condições aos pequenos agricultores. O que estão fazendo é entregar terras para o agronegócio, que já tem seus recursos, não precisa de ajuda", afirmou o deputado Paulo Fiorilo (PT).

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