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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Delegada é convidada e depois barrada para cargo da PF em SP

Colegas apontam ligação de Tânia Fogaça com governo Bolsonaro e investigação sobre Lava Jato

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São Paulo

Convidada para o posto de corregedora da superintendência da Polícia Federal em São Paulo, a delegada Tânia Fogaça teve o seu nome barrado pela atual direção-geral da corporação, comandada por Andrei Passos.

Não houve explicação formal para que fosse desconvidada, mas colegas atribuem o recuo ao fato de ela já ter trabalhado na gestão Jair Bolsonaro (PL), como diretora-geral do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), e por sua proximidade com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso após os ataques às sedes dos Poderes em 8 de janeiro.

A ex-diretora do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Tânia Fogaça, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil
A ex-diretora do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Tânia Fogaça, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil - Valter Campanato-28.jun.2022/Agência Brasil

O Painel procurou a Polícia Federal, que não quis se manifestar.

Ainda segundo pessoas da polícia, a atuação da delegada apurando o caso dos chamados "dissidentes da PF" durante a Lava Jato também teria sido usada como razão para desconvidá-la.

Em 2014, os "dissidentes" teriam elaborado um dossiê denunciando a parcialidade de investigadores da operação contra o PT.

No material divulgado havia mensagens de delegados da Lava Jato no Facebook criticando o PT e enaltecendo o PSDB e o seu então candidato à Presidência, Aécio Neves. À época, Tânia fazia parte da corregedoria-geral da Polícia Federal.

Em 2016, ela pediu o indiciamento de um delegado, dois agentes e dois advogados, entre eles Augusto de Arruda Botelho, atual secretário nacional de Justiça, que representava a empreiteira Odebrecht e foi acusado de ter comprado um dossiê com informações contra os delegados da Lava Jato. O inquérito foi arquivado sem que provas de corrupção fossem apresentadas.

Em dezembro, Flávio Dino, ministro da Justiça, desistiu de nomear Edmar Camata para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) após tomar conhecimento de que ele havia sido entusiasta da Lava Jato e do ex-ministro e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

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