A cúpula nacional do PSDB entrou em contato com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para garantir que a suspensão da convenção municipal em São Paulo, decidida nesta terça-feira (15), não muda a relação do partido com a gestão, nem altera a possibilidade de apoio à sua reeleição no ano que vem. A medida foi antecipada pelo Painel.
Tucanos esclareceram a Nunes que o objetivo é investigar denúncias de filiados contra Fernando Alfredo, presidente do diretório paulistano, e que a aliança eleitoral será reavaliada posteriormente.
Além da conversa com o prefeito, membros da direção tucana também se reuniram com a bancada de vereadores do partido.
A convenção de São Paulo estava prevista para 17 de setembro. Alfredo já havia declarado apoio do partido a Nunes, que agora fica sob risco.
Na terça-feira (15), Marco Vinholi, presidente estadual do partido, acatou representação de filiados à sigla, que afirmam que Fernando age de forma arbitrária e teria expulsado membros que não concordam com a condução do diretório municipal.
Com isso, Fernando Alfredo não poderá buscar se reeleger para ficar mais dois anos no cargo. Uma comissão eleitoral é quem deverá assumir e conduzir os temas relacionados às convenções municipais.
O Painel ligou para Fernando na terça e quarta, mas ele não atendeu aos pedidos da reportagem.
Além de São Paulo, a comissão suspendeu a convenção de quase 50 cidades. Paulo Serra, prefeito de Santo André, diz que o partido tomou essa decisão em cidades onde o prefeito deixou a legenda. "A comissão eleitoral vai fazer uma análise bem apurada antes de definir qual caminho irá tomar."
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