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Descrição de chapéu Congresso Nacional

STF minimiza impacto de PEC que restringe decisões monocráticas

Limitação de mandatos, por outro lado, é vista com preocupação, em especial por quarentena e pela possibilidade de entrar em indicações

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Brasília

A proposta de emenda à Constituição que limita decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal e estabelece concessão coletiva de pedido de vista é encarada com pouca preocupação dentro da corte, que lembra que já há regras em vigor sobre os temas no regimento interno do STF.

A PEC foi aprovada em menos de 1 minuto na quarta-feira (4) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. O texto determina que o pedido de vista deve ser concedido coletivamente e por um prazo máximo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais três —nove meses, no total.

Posse do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do STF
Posse do ministro Luís Roberto Barroso como presidente do STF - Evaristo Sá/AFP

No ano passado, uma emenda ao regimento interno fixou em 90 dias o prazo máximo para pedidos de vista feitos por ministros.

Em manifestação pública, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que "a questão da colegialidade é muito importante", mas que avalia que a questão foi resolvida "por decisão recente liderada pela ministra Rosa Weber" —sua antecessora no posto—, em referência à mudança aprovada.

A PEC também estabelece que decisões monocráticas não poderiam suspender a eficácia de uma lei ou norma de repercussão geral ou ato dos presidente da República, do Senado ou da Câmara.

Além disso, essas decisões individuais só seriam permitidas durante o recesso do Judiciário, em caso de grave urgência ou risco de dano irreparável —ainda assim, o tribunal precisaria analisar o caso em 30 dias após a retomada dos trabalhos.

A emenda ao regimento determinou que o relator submeta imediatamente ao plenário —preferencialmente virtual— ou à turma as decisões monocráticas envolvendo prisão, afastamento de cargo público ou interrupção de alguma política governamental. Se envolver prisão, a deliberação deve se dar de modo presencial.

Já o texto que deve ser costurado sobre mandatos é um pouco mais espinhoso, na avaliação de ministros. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defende que aborde idade mínima, tempo de mandato e uma quarentena para ministro que deixar a corte —com argumento de que isso seria importante para que ele não pudesse atuar em ações que correm no STF. A medida desagrada alguns integrantes do tribunal.

Nos bastidores, alguns manifestam preocupação também com a possibilidade de que os parlamentares queiram alterar a forma de indicação dos ministros, hoje concentrada no presidente da República.

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