Em meio a um cerco judicial e à acusação de que tramou um golpe, o ex-presidente Jair Bolsonaro se manteve em silêncio sobre a efeméride dos 60 anos da derrubada do presidente João Goulart por militares, em 1964.
A postura cautelosa contrasta com a adotada por Bolsonaro no passado, em que costumava tecer elogios ao evento que deu início à ditadura.
Em 21 de novembro de 2013, por exemplo, ele foi um dos dois únicos deputados federais a se posicionarem de forma contrária na sessão do Congresso Nacional que simbolicamente anulou o ato legislativo que destituiu Goulart, em 2 de abril de 1964 —o outro foi Guilherme Campos (PSD-SP).
Ele citou que naquela data houve uma sessão em que a vacância da Presidência foi aprovada por ampla maioria de deputados.
"Não houve um golpe. Não entendo por que essa Casa quer apagar um fato histórico. Isso é infantil. É mais do que stalinismo, que apaga fotografias. Estão querendo apagar sessões do Congresso", discursou.
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