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Descrição de chapéu STF

Tenente-coronel foi informado por Cid que Bolsonaro sabia de carta dos oficiais

Em depoimento à PF, membro do Exército também diz que retirou assinatura de carta

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Curitiba

O tenente-coronel do Exército Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros disse em depoimento à Polícia Federal que foi informado por Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, que o ex-presidente tinha conhecimento de uma carta de oficiais aos comandantes militares.

A declaração de Medeiros à PF foi prestada em 22 de fevereiro, no âmbito do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) que apura um plano de golpe de Estado articulado pelo grupo do ex-presidente.

A PF apura se o objetivo da carta dos oficiais era pressionar o comandante do Exército em 2022, general Marco Antônio Freire Gomes, a aderir a movimentos golpistas para manter Bolsonaro na Presidência.

Fachada do prédio da Polícia Federal em Brasília - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Medeiros confirmou à PF que, a pedido de Cid, falou ao telefone com o coronel da infantaria Anderson Lima de Moura sobre a carta. Medeiros não deu detalhes sobre o conteúdo da conversa e disse que não sabe se Moura era o responsável pela confecção da carta. Mas após o contato por telefone com Moura, Medeiros mandou uma mensagem a Cid fazendo a seguinte pergunta: "o 01 sabe disso?".

Questionado pela PF, Medeiros confirmou que "01" se referia a Bolsonaro e que acreditava que a resposta de Cid à pergunta tinha sido "sim", que o ex-presidente "tinha conhecimento acerca desse assunto [a carta dos oficiais]".

Para a PF, Medeiros admitiu ainda que assinou a carta num primeiro momento e que depois recuou, retirando seu nome. No depoimento, ele acrescentou não saber quem foi o autor da carta. Diz ainda que o conteúdo dela foi sendo alterado e que não se recorda da versão final.

Ele reconheceu que manifestação política pública é vedada pelos estatutos dos militares, mas repetiu ter retirado sua assinatura. Também disse não saber se algum militar foi alvo de medida disciplinar na época, por conta do episódio.

Ao final, Medeiros negou ter participado de reunião sobre "intervenção militar" e também negou ter conhecimento sobre plano de golpe de Estado.

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