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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Governo Lula

Centrais dizem que Lula era convidado e que governo não participou de organização do ato

Presidente foi alvo de ações judiciais por partidos por uso da máquina e pedido de voto em Boulos

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São Paulo

As centrais sindicais afirmaram, em nota divulgada nesta sexta-feira (3), que o presidente Lula (PT) e seus ministros participaram do ato de 1º de Maio em São Paulo exclusivamente como convidados e não tiveram "nenhum papel organizativo ou de mobilização nesse evento".

Lula durante ato de 1º de Maio organizado pelas centrais sindicais
Lula durante ato de 1º de Maio organizado pelas centrais sindicais - Zanone Fraissat-1º.mai.2024/Folhapress

O posicionamento das centrais tenta retirar do petista e do ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, a responsabilidade por problemas que têm sido apontados no evento, como a presença de número reduzido de pessoas, a localização (distante do centro da cidade), a falta de parlamentares e de pessoas de destaque político, entre outros.

Outro objetivo é ajudar na defesa do presidente contra ações judiciais apresentadas por partidos por uso da máquina e pedido de voto para o pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL). O governo afirma que não se tratou de evento oficial e que Lula apenas exerceu seu direito de livre expressão.

Na nota, as centrais reconhecem o momento de dificuldades do sindicalismo. Como mostrou o Painel, lideranças apontaram o 1º de Maio de 2024 como marco histórico negativo, que evidencia a necessidade de mudanças. O texto fala em adversidades e em uma "jornada de lutas cada vez mais desafiadora", mas sublinha que nada os "detém nem deterá".

As centrais listam como dificuldades a restrição ao financiamento, "a campanha contínua contra os sindicatos", a retirada do poder de negociação e a supressão de dezenas de direitos trabalhistas.

Sobre o evento, afirmam que discutiram e celebraram a retomada de pautas que defendem com o governo Lula, como a valorização do salário mínimo, a política de igualdade salarial entre homens e mulheres, a instalação de mesas nacionais de negociação para tratar dos direitos dos trabalhadores de aplicativos, a geração de empregos e a nova política industrial.

No texto, os sindicalistas também destacam o que enxergam como resultado do trabalho das entidades ao longo do ano, com quase 90% dos reajustes salariais conquistados em negociações coletivas com aumento real, ou seja, acima da inflação, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

A nota é assinada pelos presidentes de CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical e Pública.

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