98% dos brasileiros conhecem caso Isabella, mostra pesquisa; índice é recorde
Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira mostra que 98,2% dos brasileiros têm conhecimento do assassinato da menina Isabella Nardoni, ocorrido em São Paulo no final de março. Apenas 1,2% dos entrevistados não ouviu falar na morte da menina, enquanto menos de 1% não respondeu.
O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, disse que o percentual de 98,2% é o maior já registrado na história da pesquisa quando os entrevistados são questionados sobre o conhecimento a respeito de um determinado assunto. "É o maior percentual já atingido nesse tipo de pergunta na história da pesquisa", afirmou.
Entre a maioria dos entrevistados que acompanha o caso, 71,8% consideram que a mídia tem acompanhado "adequadamente" os fatos relacionados à morte de Isabella, com "competência" na divulgação das informações. Outros 24,3% pensam o contrário, enquanto 3,9% dos ouvidos pela pesquisa não quiseram opinar.
A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 21 e 25 de abril em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas duas mil pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.
Neste domingo, a polícia realizou a simulação do assassinato da menina, durante sete horas, no prédio de onde ela foi jogada na noite de 29 de março. Segundo reportagem da Folha, a Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público irão pedir à Justiça na tarde de amanhã a prisão preventiva do casal Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, pai e madrasta da menina.
Durante a "reprodução simulada" do crime --forma como peritos criminais chamam a encenação de todas as versões de um crime--, delegados e peritos do IC (Instituto de Criminalística) se concentraram principalmente na reconstrução cronológica do que ocorreu na noite de 29 de março no edifício London, na Vila Isolina Mazzei (zona norte de São Paulo).
Amanhã, os delegados do 9º DP (Carandiru) responsáveis pelo esclarecimento do crime entregarão à Justiça o inquérito policial sobre o caso e pedirão a prisão preventiva de Alexandre e de Anna Carolina. Para a polícia, o casal é o único suspeito do assassinato. Os documentos produzidos durante a simulação de ontem não serão entregues amanhã à Justiça com o inquérito. Isso para que o prazo legal de 30 dias para a conclusão da investigação não seja estendido.
Até agora, existem suspeitas (não comprovadas) de que Cristiane e Antonio Nardoni, irmã e pai de Alexandre, possam ter removido as manchas de sangue deixadas por um corte na testa de Isabella. Por estratégia de seus três advogados de defesa e de Antonio Nardoni, que também é advogado, o casal se recusou a comparecer ontem à simulação. Ontem, a Folha tentou, mas não conseguiu localizá-los.
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