Patinetes elétricas de aluguel chegam à zona leste de SP

Extremos da cidade ainda ficam de fora da atuação da Yellow; empresa não esclarece critérios

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São Paulo

Quase um ano após começar a operar na zona oeste de São Paulo, a empresa de compartilhamento de patinetes elétricas Yellow chega à zona leste da capital paulista nesta quinta-feira (20).

A expansão, que leva a área de atuação da empresa para 109 km², chega aos bairros Parque São Jorge, Tatuapé, Belém, Vila Zilda, Vila Azevedo, Quarta Parada, Vila Gomes Cardim, Vila Santo Estevão, Agua Rasa e Mooca, além das estações de metrô e trem Belém, Carrão, Penha e Tatuapé.

A patinete funciona em um sistema sem estação, chamado “dockless”, onde o usuário pode deixar o veículo em qualquer lugar após usá-lo. No entanto, se ficar fora da área de atuação da empresa, paga uma multa de R$ 30.

A área de atuação é um ponto polêmico na operação da empresa. Quando estreou, no ano passado, com o serviço de compartilhamento de bicicletas, a Yellow operava em toda a cidade. Em setembro, por exemplo, a companhia anunciava que circularia em bairros da periferia da cidade como Capão Redondo e Grajaú, no extremo da zona sul.

No entanto, em menos de um mês, a Yellow restringiu o uso a áreas nobres das zonas oeste e sul de SP, sobretudo depois de uma sequência de casos de bicicletas roubadas e danificadas.

Procurada pela Folha, a Yellow afirmou que “reduziu a área para garantir a densidade necessária e posteriormente aumentou gradativamente sua área de atuação.”

Questionada sobre quais são os critérios objetivos para a escolha da zona de atuação, a companhia afirmou que “precisa garantir que as áreas atendidas possuam a densidade necessária para uma operação saudável” e que “realiza estudos constantes para determinar a quantidade de equipamentos em cada área de cobertura e também analisa os impactos de novas áreas em sua operação.”

A Yellow, que é controlada pela Grow, não quis responder quantos veículos foram danificados ou roubados nem quanto isso representa financeiramente.

As patinetes elétricas foram regulamentadas pela Prefeitura de São Paulo no último mês, diante da preocupação sobre segurança do equipamento que acompanhou o aumento do uso desse meio de transporte.

A regra proíbe o uso das patinetes sobre as calçadas e autoriza seu uso em ciclovias, ciclorrotas e também em vias com velocidade máxima de carros de 40 km/h. O limite de velocidade para as patinetes permanece em 20 km/h, como diz a regulação federal. 

A regulamentação foi motivo de outra polêmica envolvendo a empresa. Só no primeiro dia de fiscalização, em 29 de maio, a gestão municipal recolheu centenas de veículos da Grow, que não havia se cadastrado como operadora de transporte, e aplicou multa à empresa. A companhia se regularizou em 5 de junho deste mês.
 

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