Futebol brasileiro deixa Olimpíada frustrado por falta de ouro
A inédita medalha de ouro do futebol brasileiro continua inédita. Nos Jogos de Pequim, a seleção brasileira masculina sucumbiu na semifinal diante da Argentina, que conquistou o bicampeonato olímpico, e acabou conquistando "apenas" o bronze. O time feminino, mais uma vez, caiu na decisão diante dos Estados Unidos.
Mesmo sem realizar uma preparação adequada e sem contar com jogadores como Kaká, Robinho e Juan, que não foram liberados por seus clubes para a competição, a seleção brasileira masculina chegou à China como uma das principais candidatadas ao topo do pódio, com atletas como Ronaldinho, Pato e Diego.
Na estréia, uma vitória sofrível diante da Bélgica por 1 a 0. Na rodada seguinte, o time comandado por Dunga venceu a fraca Nova Zelândia por 5 a 0. O time encerrou a participação na primeira fase derrotando a China por 3 a 0.
Nas quartas-de-final, o Brasil suou para eliminar Camarões, carrasco dos Jogos Olímpicos de Sydney, por 2 a 0, na prorrogação, após empate no tempo normal em 0 a 0. Na semifinal, com uma atuação muito ruim, o time foi eliminado da disputa do ouro pelos argentinos por 3 a 0.
Assim, restou brigar pelo bronze, que veio após uma vitória sobre a Bélgica por 3 a 0. Com isso, o Brasil repetiu a campanha de Atlanta-1996. Até hoje, a melhor participação da seleção brasileira masculina de futebol foi nos Jogos Olímpicos de Los-Angeles-1984 e Seul-1988, quando conquistou a medalha de prata.
A perda da medalha de ouro aumentou as cobranças sobre o técnico Dunga, que também não faz um bom trabalho na seleção principal nas eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2010. Atualmente, o Brasil é o quinto colocado, com nove pontos.
Feminino
Medalha de prata em Atenas-2004 e vice-campeã da Copa do Mundo-2007, a seleção brasileira feminina de futebol também chegou credenciada ao ouro.
Ricardo Mazalan/AP |
Cristiane (centro) e Tânia (dir) deixam o campo após derrota na decisão olímpica. |
O Brasil fez uma campanha praticamente perfeita na competição. Na estréia, empatou contra a Alemanha, atual campeã mundial, por 0 a 0. Nas duas rodadas restantes da primeira fase, obteve vitórias diante da Coréia do Norte (2 a 1) e Nigéria (3 a 1).
Nas quartas-de-final, a equipe derrotou a Noruega por 2 a 1. Na seqüência, com uma exibição de gala, principalmente no segundo tempo, venceu a Alemanha, atual campeã mundial, por 4 a 1.
Na decisão, as brasileiras não repetiram a mesma atuação das semifinais e perderam para as americanas por 1 a 0, na prorrogação. Assim, o time repetiu a melhor colocação na história da competição, conquistada em Atenas-2004, quando também perderam para os EUA.
Apesar da decepcionante medalha de prata, a atacante Cristiane entrou para a história da competição. Ao lado da alemã Birgit Prinz, ela se tornou a maior goleadora da história dos Jogos Olímpicos, com dez gols.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade