Descrição de chapéu Tóquio 2020

Olimpíada mescla herança dos Jogos de 1964 com Japão atual

Sete locais da atual edição do evento foram usados há mais de cinco décadas

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São Paulo

Talvez nenhum lugar ilustre melhor a união entre passado e presente na Olimpíada de Tóquio como o novo estádio olímpico.

O evento no Japão começará no próximo dia 23 de julho e irá até 8 de agosto, após ter sido adiado de 2020 para 2021 em razão da pandemia. Os Jogos Paraolímpicos vão de 24 de agosto a 5 de setembro.

A estrutura do principal palco de Tóquio é recente, foi inaugurada em dezembro de 2019, mas construída no lugar onde ficava o antigo estádio olímpico, posto de pé para a edição de 1964 do evento.

Neste ano, o local receberá as cerimônias de abertura e encerramento, jogos de futebol e provas de atletismo.

Seu novo projeto arquitetônico, assinado por Kengo Kuma, usa elementos de madeira que rementem à cultura tradicional japonesa e também um teto de vidro para melhor aproveitar a luz natural do sol.

Há outros seis locais utilizados durante a edição de 56 anos atrás dos Jogos que serão reutilizados durante as competições deste ano.

O Ginásio Metropolitano, o estádio Yoyogi e o lendário Nippon Budokan, conhecido como o templo do judô, são alguns exemplos. Os edifícios são assinados por arquitetos renomados, como Fumihiko Maki e Kenzo Tange.

A edição de 1964 simbolizou para o mundo o reestabelecimento do Japão, que ansiava retornar à elite das potências globais após a ocupação do país pelas tropas aliadas que sucedeu o fim da Segunda Guerra Mundial.

Para a edição deste ano, o país não permitiu a entrada de público estrangeiro em razão da pandemia. Apenas jornalistas e outros trabalhadores do evento terão a oportunidade de observar não só as construções históricas, mas também os enormes centros de convenções e as ilhas artificiais, fruto da expansão comercial da capital japonesa no final do século 20.

O cenário moderno também estará presente no ambiente dos Jogos, que terá provas acontecendo, por exemplo, no Fórum Internacional de Tóquio, um dos principais centros de negócios do país.

Já na ilha artificial de Odaiba, situada na baía de Tóquio, foram construídas a Ariake Arena, o Centro de Ginástica, o Parque de Esportes Urbanos e o Ariake Tennis Park.

A primeira, que receberá o vôlei, além do basquete em cadeira de rodas na Paraolimpíada, é nova foi uma das últimas estruturas a ficar pronta, junto com o Centro Aquático.

O Parque de Esportes Urbanos de Ariake também é recente e receberá a estreia do skate. Seu vizinho, o Parque de Esportes Urbanos da ilha artificial de Aomi, é uma das estruturas temporárias construídas, assim como o Centro de Ginástica. Ambos serão desmontados após a realização do evento.

Já o Tennis Park não é novo. Atualmente, sedia um torneio da categoria ATP 500, no circuito masculino, e um Premier, no circuito feminino.

Das 41 arenas (a organização cita 43, pois contabiliza cada um dos três halls do centro de convenção Mukahari Messe separadamente), 8 construções são novas e permanentes. Outras 10 são temporárias.

Bem no centro do mapa das arenas ficará a Vila Olímpica. Os apartamentos que abrigarão os atletas durante os Jogos serão vendidos após o evento.

Apesar de a maioria dos locais de competição estar situada na capital japonesa, não será apenas Tóquio que receberá provas olímpicas.

O futebol, como de costume, é o esporte que mais viajará, passando também por Yokohama, Rifu, Kashima, Saitama e Sapporo. Esta última cidade também receberá as maratonas e as disputas da marcha atlética.

As duas modalidades foram transferidas para o norte do país, a mais de 800 km de distância de Tóquio, em razão das altas temperaturas que a cidade registra no verão.

A onda de calor do meio de 2019, por exemplo, causou a morte de 116 pessoas no Japão.

o surfe, que fará sua estreia em Olimpíada, será disputado a 100 km da capital, na praia de Tsurigasaki.
São quatro dias programados de competição, com a possibilidade de a organização abrir mais quatro dependendo das condições do mar.

Japão em 1964

  • PIB: US$ 81,7 bi
  • População: 97,8 milhões

Japão em 2020

  • PIB: US$ 4,9 tri
  • População: 126,5 milhões

Fonte: Banco Mundial

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