O personagem

AFP
Wanderley LUXEMBURGO da Silva


A pergunta de hoje

O colunista responde

Aconteceu na semana
Esporte em números
Veja na TV


PENSATA

Domingo, 27 de agosto de 2000
O PERSONAGEM
Wanderley LUXEMBURGO da Silva

Rodrigo Bueno
     

Nascimento: Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, 10.mai.1952

Cargo: técnico da seleção brasileira

Formação: Educação Física (Faculdade Castelo Branco)

Estado civil: casado (três filhas)

Clubes em que jogou: Botafogo, Flamengo e Internacional

Principais títulos como jogador: Estadual do Rio (1972, 74 e 78)

Equipes que dirigiu: Campo Grande, Rio Branco (ES), Friburguense, Democrata, Fluminense, América (RJ), Bragantino, Flamengo, Guarani, Ponte Preta, Paraná, Santos, Corinthians e seleção brasileira (na Arábia Saudita, foi apenas auxiliar técnico)

Principais títulos como técnico: Copa América (99), Pré-Olímpico (2000), Brasileiro (93, 94 e 98), Brasileiro da Série B (89), Paulista (90, 93, 94 e 96) e Rio-São Paulo (93 e 97)

Contrato com a CBF: até a Copa de 2002


O Luxemburgo pecou como técnico e como cidadão. Seu futuro está mais do que ameaçado na seleção. Caso não consiga o ouro em Sydney, está fora por questões técnicas. Caso seja comprovado mesmo seu lucro em negociações e convocações de atletas, estará fora por questões éticas (já assumiu crime por sonegação fiscal). Difícil mesmo sua situação. Sua popularidade, outrora gigantesca, cai a cada dia. Sua arrogância e sua insistência em passar uma ‘‘modernidade’’, até no uso de terno e gravata, não é mais tão admirada. O Brasil faz campanha medíocre nas eliminatórias, e a seleção olímpica, mesmo com adversários fracos, não dá garantias de sucesso. Dirigentes e jogadores já desafiam o treinador, que está perdido hoje à frente da seleção. Luxemburgo está dividido entre a crise da seleção principal e a necessidade de ouro em Sydney. A trajetória de Luxemburgo como técnico foi vitoriosa, mas despertou muitas dúvidas, algumas agora mais claras. Ser o centro das atenções, objetivo maior de Luxemburgo desde o início de sua carreira, exige habilidade e jogo de cintura. E o técnico está deixando a desejar.
Treinar seleção é diferente de treinar clube e jogos internacionais são diferentes dos jogos regionais. Em dois anos, pouca coisa produtiva. Nos próximos dois anos, ninguém sabe.


E-mail: rbueno@folhasp.com.br



Leia mais:



Leia as colunas anteriores:

20/08/2000 - O jogo do milhão
13/08/2000 - Os jogos da Nike
06/08/2000 - Pré-temporada de luxo

30/07/2000 - Século brasileiro
23/07/2000 - Troca de Comando
16/07/2000 - Caça às bruxas
09/07/2000 - Brasil-2018
02/07/2000 - Campeões melhores do mundo
25/06/2000 - Desunião européia
18/06/2000 - A volta dos gols
11/06/2000 - Quanto vale o show?
04/06/2000 - Camisa 10 da seleção
28/05/2000 - Licença para jogar
21/05/2000 - Saem os clubes e entram as seleções
14/05/2000 - "Minhas Desculpas"
07/05/2000 - "Gatos" na Nigéria
30/04/2000 - Presente e Passado
23/04/2000 - Superligas