"Como admirador da coluna, venho por meio desta discordar
da sua caracterizacão de Jerry Krause como um dos mais hábeis
dirigentes da NBA. O cara é um egomaníaco compulsivo que, por
sorte, teve Michael Jordan no time, não?"
(Paulo Migliacci)
Por um momento, esqueça o choro de Jordan _e de suas viúvas. Foi
Krause quem:
1) surpreendeu todo mundo na NBA ao escolher o desconhecido
e irreverente Phil Jackson para o cargo de técnico, aliás a contragosto
de MJ;
2) deixou os outros cartolas de queixo caído quando manobrou
e negociou para draftar Scottie Pippen, que nem atuava na NCAA,
a principal liga universitária;
3) arriscou a pele ao se desfazer de Charles Oakley, o
melhor amigo de MJ e segundo jogador mais popular do Chicago,
para os Knicks, em troca de Bill Cartwright, que seria peça fundamental
no primeiro tricampeonato do time;
4) draftou Horace Grant, outra figura importante nos três
primeiros títulos;
5) topou, contrariamente ao que diziam todos os managers
da liga, assinar com Dennis Rodman, oferecido praticamente de
graça pelo San Antonio, outra contratação desaprovada por MJ (e
desta vez também por Pippen). Como se vê, o sujeito pode ser asqueroso
_e, por conta da máquina publicitária a serviço de MJ, não tem
muito cartaz com a imprensa americana (e com alguns bananas da
brasileira também). Mas ele é ousado e eficiente.
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27/06/2000 - A questão
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