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19/01/2004 - 03h49

Turismo se recupera na Argentina

ALEXANDRA MORAES
da enviada especial da Folha de S.Paulo a Buenos Aires

Os resultados do ano de 2003 foram comemorados pelo setor hoteleiro e por comerciantes argentinos: o país recebeu o número recorde de 1,2 milhão de turistas estrangeiros --um aumento de 33,6% em relação ao ano anterior, atribuído principalmente à "recuperação da imagem de Buenos Aires e da Argentina no exterior", segundo o diário "La Nación", que, na semana passada, dedicou um editorial ao bom desempenho do setor turístico no país.

Alexandre Moraes/Folha Imagem

Lateral do teatro Colón em sede inaugurada em 1908 com a ópera "Aida", de Giuseppe Verdi


Outro fator que contribuiu para o sucesso foi a desvalorização do peso em relação ao dólar, que tornou os preços dois terços mais palatáveis para quem chega. A conversão para os brasileiros ficou fácil. Um peso equivale a R$ 1.

O jornal também chamou a atenção para as políticas públicas de desenvolvimento do turismo, mas pondera que ainda falta uma integração maior entre o setor público e a iniciativa privada para a melhora da promoção da Argentina no exterior. Nota, porém, o desenvolvimento da hotelaria, que, apesar da crise que derrubou o país em 2001, voltou a investir no preparo dos funcionários e em infra-estrutura, além da construção de empreendimentos, que somaram 39,5 milhões de pesos em investimentos em 2003.

A hospedagem pode ser considerada um dos principais motivos do sucesso turístico da capital. Democráticas, as opções encontradas por Buenos Aires conseguem se revelar tão acolhedoras quanto profissionais, das categorias mais altas de hotéis de luxo aos supereconômicos albergues da juventude.

Vindos principalmente do Brasil, do Chile, dos EUA e da Espanha, os turistas estrangeiros costumam gastar, em média, 200 pesos por dia em terras argentinas.

Até março deste ano, a Subsecretaria de Turismo de Buenos Aires espera ver tilintar na cidade ainda mais dinheiro, algo entre 290 e 330 milhões de pesos saídos diretamente dos bolsos e das carteiras dos veranistas.

Passeios culturais

O "La Nación" aponta ainda para a necessidade de um maior investimento no setor de turismo cultural, fenômeno crescente nos últimos anos em todo o mundo. Mas pelo menos a capital, Buenos Aires, já é dotada de um aparelho cultural muito bem desenvolvido.

O centenário Museu Nacional de Bellas Artes, com cerca de 11 mil obras, e o contemporâneo Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires são dois destinos preferidos.

Em passeios, a cidade revela outros museus menores e mais específicos, além de esculturas, monumentos e arquitetura que também chamam a atenção do "turista cultural". É possível também descobrir o apego que a Argentina tem pelo design através da moda com vida própria que é criada e comercializada nas lojas de Palermo Viejo: roupas, objetos de decoração, móveis e livros que combinam com o espírito do bairro.

O tradicional teatro Colón, com um gigantesco subsolo construído nos anos 70, também criou para si mesmo uma pequena indústria de roupas e sapatos, mas estes são manufaturados exclusivamente para os espetáculos apresentados em seu palco. Oficinas de marcenaria fazem surgir cenários para as óperas, sempre cantadas em sua língua original, e os balés. A casa guarda tudo o que produz e expõe milhares de objetos que contam a sua história.

Alexandra Moraes viajou a convite da Starwood Hotels & Resorts e da Varig.

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