Museu argentino fecha após roubo de relógio de herói nacional
A Justiça argentina ordenou ontem o fechamento do Museu Histórico Nacional, de onde no sábado passado foi roubado um relógio de ouro. A jóia pertenceu a Manuel Belgrano, um dos pais da independência da Argentina e criador da bandeira do país.
O museu ficará fechado durante as investigações das circunstâncias do roubo, por ordem do juiz Octavio Aráoz de Lamadrid. Ele examinou o local, no centro histórico de Buenos Aires, antes de tomar a decisão, informaram fontes judiciais.
Efe |
Relógio de ouro que pertenceu ao argentino Manuel Belgrano foi roubado de museu |
O secretário de Cultura da Argentina, José Nun, anunciou uma recompensa de 20 mil pesos (R$ 12.300) a quem oferecer informação que possibilite recuperar o relógio.
A ausência da relíquia na vitrine onde era exibida foi notada pelas autoridades do museu na noite de sábado, quando a sala esteve aberta ao público.
A peça tinha sido entregue pelo general Belgrano a seu médico, o escocês José Redhead, como pagamento de honorários. O relógio de bolso com corrente constituía toda a fortuna do herói da independência no momento de sua morte por hidropisia, em 20 de junho de 1820, aos 50 anos.
A Alfândega da Argentina lançou um alerta para "intensificar os controles nas fronteiras, nos portos e aeroportos" do país.
Apesar de sua destacada participação como militar e diplomata, Belgrano morreu praticamente sem bens materiais na mesma casa onde tinha nascido, em 1770, na capital Argentina.
Em 1812, Belgrano comandou suas tropas tendo à frente uma bandeira azul e branca. Quatro anos mais tarde, na declaração da independência, a bandeira se tornou símbolo nacional da Argentina.
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