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Leia as críticas dos principais filmes indicados ao Oscar

Enquanto 'Coringa', 'O Irlandês' e 'Parasita' receberam cotação máxima, longa mais recente de Tarantino decepcionou

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São Paulo

O anúncio dos indicados ao Oscar, realizado na manhã desta segunda (13), teve algumas surpresas —entre elas, o "Coringa", de Todd Phillips, liderando a corrida com 11 indicações, e a consagração do sul-coreano "Parasita", que disputa cinco categorias além da já esperada melhor filme internacional.

No geral, no entanto, os títulos anunciados vinham figurando nas listas das demais premiações da temporada e nas apostas das publicações especializadas, caso de "O Irlandês", de Martin Scorsese, "1917", de Sam Mendes —que roubou do primeiro os prêmios de melhor filme e melhor direção no Globo de Ouro—, "Jojo Rabbit", de Taika Waititi, e "História de um Casamento", de Noah Baumbach.

Confira, abaixo, o que os críticos da Folha falaram sobre os principais indicados ao Oscar. Vale lembrar que "Jojo Rabbit" e "1917" ainda não estrearam por aqui e, portanto, não foram analisados.
 

'Adoráveis Mulheres' - muito bom

Teté Ribeiro afirma que Greta Gerwig, de "Lady Bird", está em sua melhor forma nesta adaptação do clássico americano "Mulherzinhas", de Louisa May-Alcott. "O que torna esta versão especial é o roteiro esperto, que mistura com flashbacks duas épocas diferentes, o fim da infância e a juventude das personagens. Criado a partir do livro, mas também da vida da autora e de cartas que escreveu, 'Adoráveis Mulheres' vai além para afirmar o caráter feminista da história." 

Leia a crítica completa aqui.

'Coringa' - ótimo

"Os fãs de Batman nunca mais poderão olhar o Coringa com os mesmos olhos", escreveu Inácio Araújo em sua crítica do filme. Ele ainda elogiou a performance de Joaquin Phoenix, favorito à estatueta de melhor ator: “Seu Arthur Fleck parece ter se inspirado em Antonin Artaud (1896-1948), no Artaud do fim da vida, pós-hospício, o de 'Artaud le Momo', dessa máscara que ri, faz rir, zomba e geme ao mesmo tempo".

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'Era uma Vez em... Hollywood' - bom

O crítico Inácio Araújo afirma que, enquanto o filme ganha força ao retratar os bastidores da indústria cinematográfica, ele engasga com a falta de trama, que recria o assassinato de Sharon Tate, repetindo uma fórmula que o diretor havia usado em "Bastardos Inglórios". "Ao renegar a verdade, Tarantino renuncia a qualquer verdade possível de seu filme. Resta o que sempre houve —um grande talento e uma grande sensibilidade para as imagens", escreve.

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'Ford vs. Ferrari' - muito bom

Sandro Macedo definiu o longa, sobre o embate entre Henry Ford e a marca Ferrari nas pistas automobilísticas, como um "filme à moda antiga". Ele afirma que a boa química entre os protagonistas Matt Damon e Christian Bale "é um dos pontos-chave para o sucesso do filme". E avisa aos fãs do esporte que é no terço final que eles mais devem se divertir, quando as marcas se enfrentam nas 24 Horas do Le Mans.

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'O Irlandês' - ótimo

Inácio Araújo classifica de obra-prima o épico de Martin Scorsese para a Netflix. Em sua crítica, destaca que a mudança de foco dos gângsteres "pé-de-chinelo" para os mandachuvas da organização americana fez bem ao aclamado diretor. E opõe o tratamento que Scorsese faz da máfia àquele de Francis Ford Coppola na trilogia "O Poderoso Chefão". "A máfia vista por Scorsese não tem nada de romântica. Nem mesmo possui a cerebralidade dos Corleone. Ela é suja, baixa, sangrenta visceralmente. Mas não simples. E a narrativa passa pelas alianças provisórias, pelas lealdades movediças, que se fazem e desfazem ao sabor dos acontecimentos."

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'História de um Casamento' - ótimo

Para Bruno Ghetti, este é o melhor filme de Noah Baumbach, conhecido pelo retrato intimista de famílias desajustadas. "Baumbach nunca teve uma personalidade de fato autêntica enquanto diretor —sempre se perdeu em algum ponto na (vã) tentativa de ser Woody Allen ou Wes Anderson. Mas desta vez ele encontra uma voz própria e atinge uma admirável homogeneidade estilística, sobretudo em um longa com tanta oscilação de tons, do humor mais rasgado ao desespero completo", escreve o crítico.

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'Parasita' - ótimo

Para Inácio Araújo, o longa vencedor da Palma de Ouro em Cannes é um dos melhores filmes de um ano carregado de bons filmes. Em seu texto, ele elogiou a maestria com que o diretor, Bong Joon-ho, construiu um retrato da Coreia do Sul que é também universal. "Do terror ao policial, da violência ao fantástico, Joon-ho vai compondo, filme a filme, um quadro notável, talentoso e original desse país que nos parece a princípio tão distante, mas de certos pontos de vista nos é tão familiar, já que esses buracos negros, pelos quais se escoa o mal-estar da civilização, estão em toda parte."

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