Jaider Esbell, Rosana Paulino e outros três brasileiros estarão na Bienal de Veneza

Última edição do evento com cinco artistas do país, que não esteve nos pavilhões centrais em 2019, aconteceu em 2007

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São Paulo

Os artistas brasileiros Lenora de Barros, Rosana Paulino, Jaider Esbell, Luiz Roque e Solange Pessoa foram confirmados na principal mostra da próxima Bienal de Veneza, que começa em abril e vai até novembro deste ano.

A nova edição da mostra em Veneza, que foi adiada em 2020, tem organização da italiana Cecilia Alemani e foi batizada "The Milk of Dreams", ou o leite dos sonhos, remetendo a um livro da escritora e artista surrealista britânica Leonora Carrington, morta há dez anos.

Esta é uma das maiores participações de representantes brasileiros no evento nos últimos anos (veja abaixo a lista completa de nomes do Brasil na mostra principal nos últimos anos).

Desde 2003, quando a Veneza selecionou oito artistas do Brasil na mostra principal, só as duas edições seguintes, de 2005 e 2007, tiveram cinco nomes nacionais.

Na última Bienal de Veneza, em 2019, e também em 2011, nenhum brasileiro esteve nos pavilhões centrais, dividida entre o Arsenale e os Giardini, que deve incluir mais de 200 artistas em 2022.

O indígena macuxi Jaider Esbell, morto aos 41, no ano passado, era um artista em ascensão e foi um dos grandes destaques da Bienal de São Paulo do ano passado, edição com maior número artistas representantes de povos originários.

Ainda neste ano acontece também uma exposição da artista Lenora de Barros na Pinacoteca de São Paulo, que se debruça sobre as ideias de identidade nacional e decolonialidade na programação de 2022. Na mostra, a artista exibirá vídeos e instalações que traçam intersecções entre palavra e imagem, a partir da poesia concreta dos anos 1950 e de influências da arte conceitual e da pop art.

Estará também na programação da Pinacoteca uma mostra do artista alagoano Jonathas de Andrade, que vai representar o Brasil em Veneza. Essa é a participação oficial que ocorre historicamente no pavilhão brasileiro, construído em 1964 nos Giardini, os jardins da Bienal de Veneza, a partir de um projeto de Henrique Mindlin e mantido pelo Ministério das Relações Exteriores. Outras 80 nações se apresentarão em pavilhões na edição deste ano, que incluiu cinco novos países.​

Conhecido por obras como a videoinstalação "O Peixe", que esteve na Bienal de São Paulo de cinco anos atrás, e pelo painel de cartazes "Educação para Adultos", Andrade foi escolhido por Jacopo Crivelli Visconti, curador da participação nacional na tradicional mostra italiana e também curador-geral da última Bienal de São Paulo.


Veja a participação de brasileiros na mostra principal da Bienal de Veneza nos últimos anos

59ª edição, em 2022
5 brasileiros

  • Lenora de Barros
  • Rosana Paulino
  • Jaider Esbell
  • Luiz Roque
  • Solange Pessoa

58ª edição, em 2019
Nenhum brasileiro

57ª edição, em 2017
4 brasileiros

  • Ernesto Neto
  • Ayrson Heráclito
  • Erika Verzutti
  • Paulo Bruscky

56ª edição, em 2015
1 brasileira

  • Sonia Gomes

55ª edição, em 2013
3 brasileiros

  • Artur Bispo do Rosário
  • Paulo Nazareth
  • Tamar Guimarães

54ª edição, em 2011
Nenhum brasileiro

53ª edição, em 2009
4 brasileiros

  • Renata Lucas
  • Lygia Pape
  • Cildo Meireles
  • Sara Ramo

52ª edição, em 2007
5 brasileiros

  • Waltercio Caldas
  • Iran Do Espirito Santo
  • Leonilson
  • Elaine Tedesco
  • Paula Trope, com Morrinho Group

51ª edição, em 2005
5 brasileiros

  • José Damasceno
  • Cildo Meireles
  • Laura Belém
  • Rivane Neuenschwander
  • Valeska Soares

50ª edição, em 2003
8 brasileiros

  • Hélio Oiticica
  • Cildo Meireles
  • Fernanda Gomes
  • Marepe
  • Alexandre da Cunha
  • Rivane Neuenschwander
  • Rosângela Rennó
  • Beatriz Milhares
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