Regina Casé retoma seu lado atriz em filme e como estrela de novela das 9

Artista comenta guinada na carreira e missão de erguer pontes entre o Brasil pobre e os 'lugares chiquérrimos'

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regina com rosto escondido pela metade

A atriz e apresentadora Regina Casé, em sua casa no Rio de Janeiro  Ricardo Borges/Folhapress

[RESUMO] Incensada por críticos e artistas como uma das maiores atrizes de sua geração, Regina Casé optou pelo papel de apresentadora de TV por décadas —agora, isso está mudando. Em entrevista, ela comenta a guinada, a dificuldade de se colar a ativismos e a missão de erguer pontes entre o Brasil pobre e os "lugares chiquérrimos".

Em seu comentário de 1978 sobre a incandescente montagem de “Trate-Me Leão”, do grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone, Sábato Magaldi escreveu ter se gravado nele a impressão de “Regina Casé, a mais explosiva revelação do nosso palco, nos últimos anos”. 

Medindo pelo tamanho do elogio de um dos maiores críticos e teatrólogos do país, impressiona a raridade com que esse estrondo tem rebentado em cena nas últimas décadas.

Desde os anos 1990, Regina Casé não subia num palco de teatro. No cinema, seus papéis nos últimos 20 anos mal dão para encher uma mão. Na TV, só fez uma novela (“As Filhas da Mãe”) e participações pequenas.

Mesmo assim, é raro encontrar um brasileiro que não esteja familiarizado com seu rosto e sua voz. O xis da questão é que os mais jovens provavelmente solidificaram sua imagem atrás de um microfone, em programas da Globo como o Brasil Legal, o Central da Periferia e o Esquenta.

“Uma vez um garoto me disse assim: ‘eu fui ver ‘Que Horas Ela Volta?’, olha, eu nunca vi uma apresentadora representar tão bem’”, conta ela à Folha, em referência ao filme que marcou o fim de um longo jejum de cinema, em 2015. “Tem pedaços das pessoas que somem no meio da vida.”

Ela lembra o exemplo de Aracy de Almeida (1914-1988), cantora e jurada mal-humorada do Show de Calouros apresentado por Silvio Santos nos anos 1980. “A Aracy era uma das maiores cantoras do Brasil, a maior intérprete do Noel Rosa. E quando morreu, 90% das pessoas se referiam a ela como uma jurada mal-humorada do programa do Silvio Santos.”

O Noel de Aracy é um dos pilares do samba, e uma artista tão afeita à cultura popular como Regina tem no compositor carioca não só uma fonte de prazer estético mas de epifanias pessoais. Ela diz ter deparado com uma bela síntese de seus dilemas ao cantar Noel num improviso recente.  E interrompe a conversa para entoar de novo a canção, “O X do Problema”, com todo o tempo do mundo:

“Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá/ E felicidade maior nesse mundo não há/ Já fui convidada para ser estrela do nosso cinema/ Ser estrela é bem fácil/ Sair do Estácio é que é/ O xis do problema”.

A canção é um bom resumo da dicotomia da artista de 65 anos, que afirma nunca ter aposentado deliberadamente o lado intérprete. “Em toda entrevista de fim de ano, quando me perguntavam quais meus planos, eu falava: equilibrar melhor a atriz e a apresentadora.” A prioridade que Regina concedeu a tocar seus próprios projetos está ligada ao seu entusiasmo fervoroso pela função tão particular que os programas —e ela— cumpriam.

“Eu era mais que uma apresentadora, eu era atriz a serviço de uma ideia. Tinha o ímpeto de mostrar uma potência linda do Brasil que eu via viajando como atriz, mas não via na televisão. Já me chamaram para fazer muitas novelas. Mas eu pensava, puxa, tem atrizes sensacionais, e quem vai fazer o Central da Periferia? A Glória Pires vai trocar comigo?”

No último episódio do Esquenta, exibido no primeiro dia de 2017, uma Regina emocionada e abraçada por toda a equipe falou: “Muita gente achava que isso aqui era uma bagunça. Que esse era só um programa de preto, pobre e favelado. Eu tenho o maior orgulho disso.”

O comando de um projeto como esse ressalta uma característica fundamental da apresentadora, vista por ela como mais do que um traço de personalidade: um dom que traz consigo uma espécie de missão. 

“Eu me sinto, em todos os trabalhos que fiz e hoje cada vez mais, como uma ponte. Sempre me senti”, explica. “Se eu for num lugar chiquérrimo, com colecionadores de arte, em Londres —num leilão da Sotheby’s do Damien Hirst, por exemplo, em que eu estava na primeira fila— eu circulo ali, sei o que está acontecendo. E se eu for na favela, eu conheço aquelas pessoas de verdade, mesmo.”

“[Essa é uma qualidade que] eu não posso desperdiçar. Porque tem pessoas fazendo coisas maravilhosas nas duas pontas. Mas cadê a ponte? Talvez isso tenha me prendido esse tempo todo fora da dramaturgia.”

Ela faz questão de sublinhar sua curiosidade aguda pelas pessoas ao seu redor, não importa em qual estágio da pirâmide social estejam. Conta, engraçada sem qualquer esforço, que foi a uma festa à fantasia de sua manicure, Margarete, e guardou na prateleira de casa o brinde, uma caneca cheia de plumas (“nunca vi uma caneca com pluma”) com a foto da Margarete estampada.

Não escapa a Regina que esse discurso, vindo de uma pessoa que nasceu em berço confortável —seu pai, Geraldo, foi pioneiro do rádio e diretor da TV Globo— e cujo trabalho elevou ainda mais sua posição, pode soar populista ou demagógico. Ela mesma cita essas palavras, sem o repórter precisar mencioná-las, para rebater hipotéticas acusações.

“Não é porque eu sou boazinha. É porque eu me interesso loucamente por isso. Eu não vou todo dia na casa dela nem ela na minha, não é uma coisa artificial. Mas se você se aproxima um pouco, aquilo dá uma amplitude pra tua vida, pra tua capacidade de entender o que acontece em volta.”

Ao que tudo indica, agora Regina está, enfim, ensaiando sair do Estácio, nem que seja por um tempo. 

Após o cancelamento do Esquenta, que ela tocou por seis anos, a apresentadora já engatilhava um novo programa com o antropólogo Hermano Vianna, colaborador de sempre, quando foi interpelada para protagonizar uma novela das nove. Algo que ela nunca tinha feito antes.

A latência por voltar à cena já estava à superfície (“eu ia dar uma palestra, virava uma peça”), embalada pela recepção impressionante de “Que Horas Ela Volta?” (2015). Mas o impulso foi essencial para um passo que Regina dificilmente teria dado sozinha. “Se eu não puxar esse freio de mão agora, não vou voltar a ser atriz.”

“Amor de Mãe” estreia na Globo no fim de novembro, tendo à frente Regina, Adriana Esteves e Taís Araújo, com texto de Manuela Dias (da minissérie “Justiça”, que escreve sua primeira novela) e direção geral de José Luiz Villamarim (“Justiça”, “Onde Nascem os Fortes”, “Avenida Brasil”).

Lurdes, sua personagem, tem um de seus quatro filhos vendido pelo marido durante a juventude no Rio Grande do Norte. Ela migra para o Rio de Janeiro, de onde vinha a traficante que levou a criança, na esperança de encontrá-la. Não consegue por décadas. Consolida a vida em torno da presença dos outros filhos, mas também em torno da ausência.

“Regina transita como ninguém pela leveza do cotidiano, com capacidade de visitar o lugar do drama. É uma figura extremamente inteligente”, diz Villamarim. A decisão de recorrer a uma intérprete tão esporádica para o papel também se explica por sua naturalidade, valiosa a um diretor que buscava fugir de “atrizes embotocadas”.

Faz sentido, já que a personagem de Regina trabalha como babá para a advogada rica vivida por Araújo. Aqui, a comparação com “Que Horas Ela Volta?” é inevitável. “Ao ler a personagem, não tem como dizer que você não vai visitar o filme da Anna [Muylaert]”, diz Villamarim. 

Curiosamente, Regina também assume papel de funcionária de casa em “Três Verões”, filme de Sandra Kogut que estreia no país na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo —primeiro longa de Casé desde que interpretou a babá Val e dividiu com Camila Márdila o prêmio de melhor atriz no Festival de Sundance.

Kogut, amiga de Regina desde os anos 1980, diz que as comparações entre os papéis são naturais, mas que eles são “completamente diferentes”. A personagem do novo filme, segundo a cineasta, “é uma caseira que é meio dona da casa, então tem atitude de patroa, vive no meio de dois mundos”. 

De fato, Regina trilha um percurso emocional distinto em “Três Verões”, tocando com raridade na submissão e na insegurança existencial que eram características da Val, do filme de 2015. Sua personagem Madá, para emprestar um termo da diretora, é exuberante.

A semelhança evidente entre esses três papéis recentes de Regina está na profissão. A ideia de que isso prenuncie uma suposta repetição é rechaçada pela atriz.

“Não só pessoas ostensivamente preconceituosas, mas meus amigos próximos falavam: mas de novo uma empregada? Não vai ficar igualzinho? E eu falava assim, pensa quantas dez mil madames a Christiane Torloni fez, e ninguém falou: você vai fazer outra madame? Não vai ficar igualzinho?”

Aqui se nota a mesma vontade de Regina de representar os não representados manifesta nos seus impulsos como apresentadora. Trazer às telas de cinema ou ao horário nobre figuras a quem é dado pouco destaque, dessa vez na pele dela mesma, soa como um desdobramento daquele mesmo propósito. 

“O meu aspecto e o tipo de coisa que eu represento, e que muito me honra —espero que um dia eu não precise ser porta-voz de ninguém—, mesmo com todo o empoderamento dessas pessoas... Ainda me sinto muitas vezes como uma ponte, trazendo alguma coisa que está invisível.”  

A atriz reconhece que, mesmo sendo carioca, é muito identificada pelo público com o Nordeste, tendo se inspirado em sotaques da região para fazer a Darlene de “Eu, Tu, Eles” (2000) e a Lurdes de “Amor de Mãe”. Se algo no perfil de Regina a permite ser valorizada nesse tipo de papel hoje, talvez também tenha colaborado para a raridade das suas interpretações em cinema e TV até aqui.

Falando numa entrevista de 1999 à revista Trip sobre aquela que segue como sua principal personagem televisiva, a espevitada Tina Pepper de “Cambalacho” (1986), ela observou: “Era uma personagem bem fora do normal, né? Não era preta nem branca, não era a mocinha da novela, também não era a vilã. Isso de não ser nem preta nem branca, nem boa nem má, talvez explique por que eu só fiz uma novela”.

Hoje os tempos estão mais abertos a personagens menos caricaturais. A fala sobre Tina Pepper ressoa em um comentário de teor quase oposto que Regina faz sobre sua escalação em “Que Horas Ela Volta?”:

“A Anna [Muylaert] disse pra mim: eu fiquei muitos anos pra fazer esse filme, porque eu não queria botar uma pessoa negra e dizer, olha o processo todo das pessoas escravizadas aonde chegou. Não queria botar uma índia nem uma branca, porque as pessoas iam dizer que a personagem não sabia o que os negros tinham passado. [Anna] queria uma pessoa que não fosse nem branca nem preta nem índia. E sabe que eu me sinto exatamente assim?”

À Folha, a cineasta diz que escolheu Regina, acima de tudo, porque “é uma puta atriz”. “E tem as três raças do Brasil na cara dela.”

Os ativismos identitários que florescem hoje encontram recepção hesitante em Regina, que diz sempre ter tido “dificuldade enorme” em se colar a uma causa. É perceptível que ela prefere ressaltar o modo como seu trabalho e vida pessoal representam certas causas do que se filiar ativamente a elas. 

Quando perguntam se é feminista, por exemplo, ela costuma recomendar examinarem sua vida. “[Olha] como eu sou, como eu trabalho, como criei meus filhos, como eu lido com homens e mulheres. Não preciso botar que eu sou feminista e postar, não preciso nada.”

De forma análoga, para ela o maior estandarte de sua militância antirracista são seus programas. 

“Ligar a televisão [no Esquenta] e ver aquela quantidade de negros não era [algo] pensado antes, ‘vou fazer um programa que vai ser assim’. A própria música, as próprias ideias e os próprios lugares traziam esse protagonismo para aquelas pessoas.” 

Além do mais, a pele negra de seu filho Roque, que ela adotou com o marido Estevão Ciavatta quando tinha 58 anos, a tornou capaz de contar “em um segundo” quantos negros há em qualquer ambiente.

A maternidade foi, não só neste quesito, algo que a atriz define como uma revolução. Além de Roque, ela é mãe de Benedita, 30, de seu casamento com o artista plástico Luiz Zerbini. O parto foi uma experiência duríssima —“eu e ela quase morremos”— e Regina ficou afastada de qualquer trabalho por longos meses, em estado depressivo. Hoje, é de Benedita também o único neto de Regina, Brás, de dois anos.

É inescapável dedicar parágrafos à vida familiar de Regina em um artigo sobre sua verve artística, já que uma coisa impacta visivelmente a outra. Ela atribui às transformações que vieram junto com a maternidade o ganho de certa doçura na forma de atuar: nota-se que a atriz desta década tem um tom a menos de rebeldia do que a atriz dos anos 1970 que tanto impressionou Magaldi.

Não foi só o crítico o impressionado. O cineasta Neville D’Almeida, que dirigiu a atriz em “Os Sete Gatinhos” (1980), do jeito magnânimo que lhe é característico, diz que Meryl Streep não chega aos pés de Regina Casé. O diretor afirma ter pedido à produção do filme para entrar em contato com a atriz após vê-la em cena com o Asdrúbal Trouxe o Trombone, com a certeza de que a contrataria. Diante do talento que viu, aumentou as cenas da personagem.

A mais famosa é a que mostra Regina correndo nua ao redor de uma piscina, fugindo de um deputado que tem sua calcinha na boca, enquanto ela grita coisas como “caguei pras suas imunidades, não vai me comer”.

Neville impulsionou uma personalidade vulcânica que já era evidente desde a estreia nos palcos. “O que outros achavam maluquice nela, eu via como prova de caráter”, afirma.

Outro impressionado foi o cantor tropicalista Caetano Veloso, que não contente em dedicar a Regina uma música que exaltava de seus peitos direitos a seu “ne me quitte pas” (“Rapte-Me, Camaleoa”), ainda a escalou no único filme que dirigiu, “O Cinema Falado” (1986), no qual faz uma impagável imitação de Fidel Castro.

O surgimento do Asdrúbal foi um dos principais acontecimentos do teatro brasileiro nos anos 1970. Em “Trate-Me Leão”, peça mais emblemática do grupo, atores jovens como Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícya Travassos interpretavam de maneira descontraída uma dramaturgia própria que remetia diretamente a suas angústias e ao seu cotidiano.

(Tamanha foi a repercussão cultural do grupo que o crédito de Casé e Guimarães na abertura do filme “Tudo Bem”, longa de estreia dela dirigido por Arnaldo Jabor em 1978, vinha com o complemento “do Asdrúbal Trouxe o Trombone”.)

Responsável pela direção das peças da trupe durante seus dez anos de trajetória, Hamilton Vaz Pereira argumenta que havia uma inversão essencial no modo como aqueles atores abordavam sua arte. “O ator normalmente é educado para receber um personagem e trabalhar para chegar à grandeza dele. No Asdrúbal, queríamos crescer como pessoas para poder receber todos os grandes personagens da dramaturgia universal.”

Pereira, marido de Regina de 1973 a 1977, a dirigiu após o Asdrúbal ser desfeito —no monólogo “Nardja Zulpério”, que viajou o Brasil durante cinco anos— e voltou a fazê-lo no começo deste ano em “Recital da Onça”, que marcou a volta dela ao palco depois de 25 anos.

Comparando as fases de Regina como atriz, o diretor diz que ela não perdeu com o tempo a energia nem a vitalidade para interpretação física. Na “Onça”, monólogo que passou pelo Festival de Curitiba e fez temporada no Rio, ela já é “uma senhora de idade”, mas “não puxa um banquinho e fica contando piada”. Ao mesmo tempo, ele reconhece em Regina um ímpeto de valorizar outras tonalidades em suas performances.

A autora Manuela Dias, quando perguntada sobre a intensidade dramática de Lurdes, a protagonista de “Amor de Mãe”, diz que a atriz é capaz de transmitir uma multiplicidade de emoções em simultâneo. “Você chora e ri. Não é como se estivéssemos tirando a comédia da Regina. É que eu não preciso escrever uma cena de comédia para ela.”

Uma boa amostra está em uma cena que a Folha viu com exclusividade. Precisando dar à personagem hospitalizada de Adriana Esteves a inevitável notícia de que ela tem um aneurisma no cérebro, Lurdes amacia o aviso antes, dizendo enxergar na outra uma carinha de quem está melhorzinha. É uma cena poderosa, de comicidade trágica.

“Nós passamos a juventude sob ditadura militar. E naquele momento terrível, éramos alegres, queríamos viver”, argumenta Vaz Pereira. “Não éramos idiotas alienados, sabíamos perfeitamente o que estava acontecendo, mas entendendo que a vida é maior do que aquele momento. A Regina sabe que pode colocar num papel dramático a postura de que a vida não se encerra no sofrimento.”

“Essa podia ser só uma mulher sofrida e tralalá, tralalá”, diz Regina sobre sua nova personagem. “O que eu quero mostrar é que ela é linda, forte, potente. E que a vida dela está num lugar que pode ser invisível para os outros, mas que tem um universo riquíssimo.”

É como se Regina estivesse indo entrevistar Lurdes para o Brasil Legal.

A música de Noel Rosa que a atriz cantou lá no começo para ilustrar seu momento artístico tem um quê de determinismo carinhoso, um amor às raízes que perpassa a obra musical do sambista. Termina assim:

“Nasci no Estácio/ Não posso mudar minha massa de sangue/ Você pode ver que palmeira do mangue/ Não vive na areia de Copacabana”.

Com licença para discordar de Noel, como se vê, às vezes algumas árvores conseguem brotar nas terras mais diversas. 

A ATRIZ DE HOJE

Amor de Mãe
Na próxima novela das nove da Globo, com previsão de estreia para 25 de novembro, ela divide protagonismo com Adriana Esteves e Taís Araújo, fazendo uma mulher que tem seu filho vendido pelo marido. Nesta imagem de bastidor |1|, ela fala com o diretor José Luiz Villamarim e Nanda Costa, sua filha na ficção

Três Verões
O filme de Sandra Kogut, no qual Regina interpreta a caseira da mansão praiana de um ricaço enrolado na Justiça, estreou no Festival de Toronto e chega ao Brasil na Mostra de SP. O filme tem exibição na sexta (25), às 15h40 no Espaço Itaú Frei Caneca, e na segunda (28), às 15h10 no Petra Belas Artes. Deve entrar em circuito em março

Recital da Onça
O monólogo teatral  dirigido por Estevão Ciavatta e Hamilton Vaz Pereira passou neste ano pelo Festival de Curitiba e fez temporada no Rio; Regina pretende voltar com novas apresentações em 2020

A ATRIZ DE ONTEM

Que Horas Ela Volta? (2015)
Regina dividiu o prêmio de melhor atriz no Festival de Sundance com Camila Márdila pela performance no filme de Anna  Muylaert como a babá Val, cuja relação com os patrões sofre um terremoto com a chegada da filha

Eu, Tu, Eles (2000)
O filme de Andrucha Waddington foi exibido em Cannes e escolhido para representar o Brasil no Oscar; a atriz faz a protagonista, Darlene, que se divide entre três maridos

Cambalacho (1986)
O maior papel da atriz na TV ainda é o de Albertina Pimenta, a Tina Pepper. Ela conta ter sido saudada numa visita a Moçambique, anos depois, como a 'primeira personagem negra' a passar numa novela brasileira por lá

Os Sete Gatinhos (1980)
A adaptação de Nelson Rodrigues feita por Neville D'Almeida é um dos principais filmes da juventude vulcânica de Regina, que corre nua ao redor de uma piscina numa cena emblemática 

Asdrúbal Trouxe o Trombone
O grupo que reunia Perfeito Fortuna, Nina de Pádua, Casé, Hamilton Vaz Pereira, Luiz Fernando Guimarães, Patrícya Travassos e Evandro Mesquita teve forte impacto na cena teatral dos anos 1970


Walter Porto é repórter da Ilustríssima.

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